sexta-feira, 19 de abril de 2024

PODER E AUTORIDADE

É aí que está o busílis! ---------- ------------- Peguei Um Ita No Norte Nana Caymmi ---------------- Peguei Um Ita No Norte Nana Caymmi Dose Dupla: Nana, Dori e Danilo CD + DVD Ai, ai, ai, ai Adeus, Belém de Pará Peguei um Ita no norte Peguei um Ita lá no norte Pra vim pro Rio morar Adeus,meu pai, minha mãe Adeus, Belém do Pará Ai, ai, ai, ai Adeus, Belém de Pará Ai, ai, ai, ai Adeus, Belém de Pará Vendi meus troço que eu tnha O resto eu dei pra guardá Talvez eu volte pro ano Talvez eu fique por lá Mamãe me deu conselhos Na hora de eu embarcar Meu filho ande direito Que é pra Deus lhe ajudar Tô há bem tempo no Rio Nunca mas voltei por lá Pro mês intera dez anos Adeus, Belém de Pará Composição: Dorival Caymmi _________________________________________________________________________________________________________ -----------------
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------------ É aí que está o busílis! 🚌 'Busílis'.... - Nomes Científicos | Facebook _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------- Por que é importante falarmos em cidadania? | Politize! ---------- Cidadania "A doutrina afirma que a cidadania formal é a participação dos cidadãos (eleitores) na vida do Estado por meio do voto, e acidadania material ou real vai além desse ato, com a participação da população na fiscalização e resolução dos problemas do Estado. Pode ser externada por meio de campanhas de moralização das instituições públicas, de formação de organizações não governamentais para incentivo e auxílio nas atividades do Estado, de denúncias de corrupção e desvio de verbas públicas, entre outros. Em sentido estrito (jurídico), cidadão é o indivíduo dotado de capacidade eleitoral ativa (votar), podendo, se preencher determinadas exigências legais, possuir também a capacidade eleitora passva (ser votado)." Erival da Silva Oliveira PRÁTICA JURÍDICA Constitucional 14ª edição EDITORA RIDEEL O texto em tela aborda dois conceitos fundamentais: cidadania formal e cidadania material ou real. Do ponto de vista jurídico, a cidadania formal é definida como a participação dos cidadãos na vida do Estado por meio do voto, ou seja, é a capacidade de exercer o direito de voto e participar do processo eleitoral. Por outro lado, a cidadania material ou real vai além do simples ato de votar e implica na participação ativa da população na fiscalização e resolução dos problemas do Estado. Isso inclui ações como campanhas de moralização das instituições públicas, criação de organizações não governamentais para auxiliar nas atividades do Estado e denúncias de corrupção. Do ponto de vista político, o texto ressalta a importância da cidadania material ao destacar a necessidade de envolvimento dos cidadãos na vida pública além do momento eleitoral. Essa participação ativa é vista como essencial para garantir uma sociedade mais justa e democrática, onde os interesses da população são levados em consideração e os problemas do Estado são enfrentados de forma eficaz. Portanto, juridicamente, o texto destaca os aspectos formais e legais da cidadania, enquanto politicamente enfatiza a importância da participação cidadã para além do exercício do voto, visando uma maior transparência, responsabilidade e eficiência na gestão pública. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ Diferença entre Autoridade e Poder - Baú do Cortella #46 Canal do Cortella _________________________________________________________________________________________________________ -----------
----------- Luiz Carlos Azedo - Lula deve pôr as barbas de molho com o cenário mundial ----------- _________________________________________________________________________________________________________ RESUMO: O texto analisa o contexto político e econômico atual, especialmente no que diz respeito à posição do Brasil no cenário internacional, sob a perspectiva de Luiz Carlos Azedo. Ele faz uma analogia interessante com as ideias de Maquiavel em "O Príncipe", destacando a importância de se evitar a deriva política e diplomática. Através de uma linguagem sutilmente irônica e cáustica, Azedo aponta para as fragilidades do governo Lula em relação à sua postura no cenário mundial, destacando que a deriva diplomática pode abrir espaço para críticas da oposição, tanto interna quanto externamente. Ele também destaca a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China e os problemas fiscais nos países desenvolvidos como elementos complicadores para o Brasil. A análise política é complementada por reflexões sobre o ambiente econômico, destacando a reação do mercado ao adiamento da meta fiscal e as dificuldades na regulamentação da reforma tributária. Azedo sugere que o governo precisa se adaptar ao novo cenário externo e corrigir seu curso para evitar maiores danos. Em suma, o texto oferece uma análise crítica do atual governo, apontando para os desafios políticos e econômicos que o Brasil enfrenta no cenário internacional e sugerindo a necessidade de uma reavaliação estratégica por parte do governo para lidar com essas questões. _________________________________________________________________________________________________________ ---------- Correio Braziliense Da mesma forma como o isolamento internacional se tornou um ponto fraco de Bolsonaro, a deriva diplomática de Lula abre espaços para a oposição Num Palácio em que a cozinha governa, porque a área meio controla as atividades fins, o florentino Nicolau Maquiavel seria uma espécie de espírito de porco, a desafiar o coro dos contentes que cercam o príncipe, num momento em que o seu governo precisasse corrigir seu curso. “De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e de que modo se lhe deva servir” (Quantum fortuna in rebus humanis possit, et quomodo illis it occurrem dum), o 15º capítulo d’O Príncipe, foi escrito para separar a religião da política, numa época em que o Estado recebia forte influência da Igreja, mas trata é desse assunto. À época, dizia-se que as coisas eram governadas pela fortuna e por Deus e que os homens não poderiam modificar o seu destino. É mais ou menos o que acontece com o governo Lula, cujo futuro parece predeterminado por velhas convicções ideológicas, o que é sempre uma forma distorcida de apreensão da realidade, tanto quanto a religião. Na navegação, seja costeira, seja estimada ou astronômica, há uma diferença entre o rumo da agulha, aquele para o qual a proa do barco aponta, e o rumo verdadeiro, que só aparece quando se usa régua e compasso. O barco parece seguir numa determinada direção, mas está sendo desviado pela corrente. Caso nada seja feito, não chegará ao destino. O nome disso é deriva. Antigamente, muitos se deixavam governar pela sorte e perdiam o poder. Até Maquiavel separar as responsabilidades: “Para que o nosso livre-arbítrio não seja extinto, julgo poder ser verdade que a sorte seja o árbitro da metade das nossas ações, mas que ainda nos deixe governar a outra metade, ou quase”. Comparou a Fortuna aos rios torrenciais: “Quando se encolerizam, alagam as planícies, destroem as árvores e os edifícios, carregam terra de um lugar para outro; todos fogem diante dele, tudo cede ao seu ímpeto, sem poder opor-se em qualquer parte”. Quando fala da Fortuna, Maquiavel se refere às contingências que cercam um governante. O príncipe que se apoia totalmente na sorte vai à ruína. Entretanto, observou Maquiavel, “isso não impedia que os homens, quando a época era de calma, tomassem providências com anteparos e diques, de modo que, crescendo depois, ou as águas corressem por um canal, ou o seu ímpeto não fosse tão desenfreado nem tão danoso”. Desde a eleição de Lula, o cenário externo passou por grandes mudanças. A guerra da Ucrânia, de um lado, e a de Gaza, de outro, e os governos do Cone Sul, com destaque para a Venezuela e a Argentina, colocaram em xeque e estratégia de projeção de poder do Brasil na cena internacional como uma potência regional com papel decisivo. O mar de almirante virou um oceano proceloso, que ameaça levar ao naufrágio nossa excelente diplomacia. Cenário externo Ao trazer de volta para o debate político interno o lugar do Brasil no mundo, Lula abriu um flanco para a oposição até então inimaginável. Da mesma forma como o isolamento internacional se tornou um grande ponto fraco do governo Bolsonaro, a deriva diplomática de Lula começa a abrir espaços para a oposição, interna e externamente. Nesse aspecto, o confronto entre o bilionário sul-africano Elon Musk, da Tesla, da Space X e do antigo Twitter, agora X, e o Supremo Tribunal Federal (STF) não deve ser subestimado, porque abriu espaço para a atuação ostensiva de lideranças ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro no exterior, com a narrativa de que vem sendo vítima de perseguição política. Lula e o ministro Alexandre de Moraes são retratados como protagonistas de uma trama autoritária, que busca sufocar a oposição e restringir a liberdade. O ambiente econômico mundial, em meio à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, também não oferece ao Brasil as possibilidades que se imaginava no governo. Mesmo nos países ricos, o problema fiscal é preocupante. O Conselho Europeu busca reconstruir reservas orçamentárias para a transição energética, a transformação digital e a defesa. Nos Estados Unidos, a inflação de 3,5% força o Federal Reserve (Fed), seu banco central, a manter sua política de juros. Foi ruim a reação do mercado ao adiamento da meta fiscal de deficit zero para 2025. Era um segredo de polichinelo, a expansão de gastos do governo já apontava nessa direção. Mesmo assim, sinalizava responsabilidade fiscal da equipe econômica e dava credibilidade ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. As relações comerciais com a China e a Rússia, estratégicas para o agronegócio, não são o bastante para a expansão da nossa economia. O ambiente externo, a mudança na meta fiscal e, agora, o confronto entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente Lula são complicadores que exigem uma estratégia de redução de danos do governo. Para piorar, a regulamentação da reforma tributária está encalhada, e surgem pautas conservadoras e diversionistas, como comissões de inquérito, que retiram o foco do parlamento daquilo que realmente é decisivo para o país crescer. O governo precisa se adaptar ao novo cenário externo e corrigir o seu rumo." _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ----------
---------- Ita era o nome que se dava aos navios que faziam a navegação de cabotagem, entre o Norte e o Sul do Brasil. Essa denominação era usada porque a Companhia Nacional de Navegação Costeira dava nomes a suas embarcações sempre começando por "ita", pedra em tupi: Itaquatirara, Itapé, Itanajé, entre outros. _________________________________________________________________________________________________________ ---------------- No fundo daquela embarcação, mergulhado na mais profunda miséria física e espiritual, encontrava-se Ita do Norte, cujo nome ecoava como um lamento nas mentes dos seus ocupantes. Ita, palavra que evocava as águas, os caminhos incertos e as esperanças perdidas, era o fio condutor que os ligava aos destinos desconhecidos que os aguardavam. A bordo daquela nau desgastada, cujas tábuas rangiam sob o peso do desespero coletivo, a monotonia da jornada era quebrada apenas pelo gemido lastimável da ema, criatura que parecia compartilhar o mesmo fado de desesperança que assolava aqueles náufragos humanos. Seus gritos ecoavam pelos recantos úmidos e malcheirosos da embarcação, como um eco mórbido dos tormentos que os consumiam. Era nesse cenário dantesco que, em meio à letargia e à desolação, um grupo de companheiros de viagem, impulsionado por uma necessidade instintiva de afastar a desgraça que os rodeava, entoava uma cantoria folclórica do Norte do Brasil: "A ema gemeu no tronco do jurema". Cada verso, carregado de nostalgia e melancolia, reverberava como um lamento ancestral, ecoando através dos séculos para encontrar eco naquela desgraçada jornada marítima. No entanto, para Ita do Norte, essa cantoria não era um alívio, mas sim um cruel lembrete de sua própria condição degradante. Cada repetição daquelas palavras o arrancava de seu estado de torpor, lançando-o em um abismo de desespero e desamparo. O gemido da ema parecia encontrar eco em sua própria alma atormentada, como se a criatura alada fosse a personificação de seus próprios tormentos. Assim, entre o gemido da ema e o lamento dos companheiros de viagem, Ita do Norte se via enredado em um ciclo interminável de dor e desespero, preso em um limbo de agonia física, psicológica e moral. Enquanto as águas revoltas do destino o arrastavam para um destino incerto, ele se via imerso em um mar de sofrimento, onde a única certeza era a inevitabilidade de sua própria ruína. Breve histórico de Ita do Norte: Ita do Norte era uma embarcação marítima que operava nas décadas de 1920 e 1930, conectando os portos do Norte ao Sul do Brasil através do Oceano Atlântico. Construída durante um período de intensa atividade marítima e comercial, Ita do Norte desempenhou um papel vital no transporte de pessoas e mercadorias ao longo da costa brasileira. No entanto, apesar de sua importância econômica, Ita do Norte também foi testemunha de inúmeras tragédias e adversidades. Suas viagens muitas vezes eram marcadas por condições adversas, perigos naturais e desafios humanos. A bordo de Ita do Norte, os passageiros enfrentavam não apenas as incertezas do mar, mas também as vicissitudes da vida, refletidas no sofrimento e na desesperança que permeavam suas jornadas. Hoje, o nome de Ita do Norte evoca memórias de um tempo passado, um testemunho silencioso das vicissitudes da vida marítima e das histórias não contadas de seus navegadores. Embora as águas tenham engolido sua estrutura física, seu legado continua vivo nas páginas da história marítima do Brasil, lembrando-nos das duras realidades e das esperanças perdidas daqueles que ousaram enfrentar o desconhecido em busca de um destino melhor. _________________________________________________________________________________________________________ ------------- ---------------- VEJA: ALIADOS DE TRUMP COMPRAM BRIGA DE MUSK E QUEBRAM SIGILO DE DECISÕES DE MORAES MyNews Transmissão ao vivo realizada há 14 horas #segundachamada #MyNews #segundachamada No Segunda Chamada desta quinta-feira, 18 de abril, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e a divulgação de um relatório com decisões de processos sigilosos do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o "X" (antigo Twitter) e outras redes sociais. Os detalhes de todo o ocorrido até agora. Na bancada com Afonso Marangoni, os jornalistas João Bosco Rabello, Luiz Carlos Azedo, colunista do Correio Braziliense, e Paulo Motoryn, colaborador do The Intercept Brasil e do The New York Times. ________________________________________________________________________________________________________ --------------
------------- _________________________________________________________________________________________________________ RESUMO: O texto aborda a figura de José Guilherme Merquior, destacando sua influência intelectual e seu papel na cena política e cultural brasileira. Vou destacar onde o poder e a autoridade se manifestam no contexto desse texto: Autoridade: A autoridade intelectual de Merquior é destacada através de elogios de figuras proeminentes, como o ex-ministro e acadêmico Eduardo Portela, que o descreve como "a mais fascinante máquina de pensar do Brasil pós-modernista". Essas opiniões reforçam a posição de autoridade intelectual que Merquior ocupava. Poder: O poder de influência de Merquior é evidenciado pela descrição de sua obra como "formidável" e pela menção de sua capacidade de "encantar seus leitores com inesgotável erudição, aguda inteligência e fina ironia". Essa capacidade de envolver e persuadir os leitores indica o poder que ele tinha de moldar ideias e opiniões. Além disso, o texto menciona a enfrentamento de debates e o enfrentamento de rótulos, como o de "reacionário", indicando uma posição de poder e resistência diante de críticas e oposições. Em suma, o texto destaca tanto a autoridade intelectual de Merquior quanto o seu poder de influência e resistência, elementos que contribuíram para a sua significativa contribuição no contexto intelectual e político brasileiro. _________________________________________________________________________________________________________ OPINIÃO Merquior, a flor e o fruto Ele enfrentou fortes debates e o descabido rótulo de reacionário. Manteve, de um modo geral, a salvo, as relações pessoais. O embate se esgotava no plano das ideias o que tinha de sobra. GUSTAVO KRAUSE Publicado em 14/04/2024 às 0:00 | Atualizado em 14/04/2024 às 7:34 José Guilherme Merquior - Divulgação Precoce e profundo, assim nos deixou, segundo o ex-Ministro e Acadêmico Eduardo Portela (1932-2017), "a mais fascinante máquina de pensar do Brasil pós-modernista: irreverente, agudo, sábio", José Guilherme Merquior, aos 49 anos. No próximo domingo, 22/4/24, completaria 83 anos. Na "flor da idade", diriam os desconsolados como se existisse um ponto de partida para os viventes. Pensei: morreu na idade da flor, porém no esplendor da milagrosa união entre o perfume da flor e o sabor dos frutos. Merquior construiu uma obra formidável que sobreviveu às Parcas, divindades mitológicas, que controlam o destino dos mortais. Cantou e continua encantando seus leitores com inesgotável erudição, aguda inteligência e fina ironia, usadas na medida da elegância, mesmo quando atingido pela rudeza dos que não compreendiam o imenso valor do debate das ideias. Antes de qualquer referência biográfica, o melhor caminho para conhecer Merquior é extrair de sua mente prodigiosa e capacidade de metabolizar ideias reveladoras de "um dos espíritos mais vivos e mais informados do nosso tempo" na palavra de Lévi-Strauss. Strauss fez uma justa referência. A inédita monografia, "O estruturalismo como pensamento radical", escrita em 1968, na França, aos 27 anos, selou uma longa e sólida admiração entre o jovem discípulo e o consagrado mestre da antropologia, comprovada na frequente correspondência de amizade pessoal e mútuo reconhecimento da dimensão intelectual. Aliás, é um reducionismo injustificável considerar Merquior, apenas, um "talentoso polemista liberal". Para ele, ser liberal não esgotava a complexidade do ser humano e, muito menos, significava uma opção ideológica com respostas prontas para os desafios pessoais e propósitos políticos. Era um estilo de vida. Coerente, escreveu sobre "Liberalismos", uma árvore dotada de tronco robusto e galhos frondosos compondo o ambiente saudável da variedade. Os estudiosos da obra de Merquior se espantam com a catedralesca erudição do autor, especialmente depois que Raymond Aron referiu-se ao dileto discípulo como "um jovem que leu tudo". Mas esta impressão que podia incorrer no equívoco da superficialidade ou da apropriação indevida dos escritos, foi fulminada por Roberto Campos, prefaciador da última obra de Merquior "O Liberalismo - Antigo e Moderno", Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991 (escrita em inglês, como se fora uma premonição do tempo insuficiente do autor para vê-la editada no Brasil), ao testemunhar: "O impressionante em José Guilherme não era a absorção de leituras. Era o metabolismo das ideias". Daí a versatilidade de Merquior que se bifurca em grandes vertentes: obras de crítica literária, artística, estética e trabalhos de sociologia, política e cultura. O ponto em comum dos caminhos percorridos sempre foi a consistência do pensamento e a força da argumentação. Sua vasta produção intelectual parece não caber nas três décadas de um trabalho ainda que admiravelmente profícuo (19 livros). É a sensação que provoca a leitura da obra do diplomata e escritor Paulo Roberto de Almeida, Construtores da Nação - Projetos para o Brasil de Cairu a Merquior, São Paulo: LVM Editora, 2022, uma fonte que revela por completo a bibliografia de José Guilherme Merquior e o retrato de um temário plural de indisfarçável sofisticação. Como um crente no racionalismo e na modernidade, assumiu o contraponto firme em relação ao marxismo, à psicanálise e à arte de vanguarda, na visão dele, exemplos de dogmatismo, pessimismo e rejeição. Enfrentou fortes debates e o descabido rótulo de reacionário. Manteve, de um modo geral, a salvo, as relações pessoais. O embate se esgotava no plano das ideias o que tinha de sobra. Na paisagem da política brasileira, deu amplitude e dignidade filosófica ao liberalismo. Merquior proclamou os dois fundamentos/sínteses da concepção liberal: a independência do espírito e a objetividade do conhecimento. Não surpreende que se autodefinisse como um "anarquista do espírito" expressão usada pelo italiano Luigi Einaudi, segundo o qual, a sociedade liberal se caracterizava por dois aspectos: "o governo da lei e a anarquia dos espíritos". O próprio Merquior na coletânea de curtos ensaios - O Argumento Liberal (Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1983) afirma: "O liberalismo moderno é um social-liberalismo, é um liberalismo que não tem aquela ingenuidade, aquela inocência diante da complexidade do fenômeno social, que o liberalismo clássico tinha. O liberalismo moderno não possui complexos frente à questão social, que ele assume. É a essa visão do liberalismo que eu me filio". Em entrevista à Folha (1986), foi mais à frente e se autodefiniu como "um liberal na economia, um social-democrata na política e um anarquista na cultura" o que apontava claramente uma companhia indissolúvel do que denominou de "independência do espírito". A complexidade dos fenômenos era de tamanha diversidade e pluralismo que não caberia nos impérios dos dogmas, substratos de certezas e formas pré-definidas por uma arquitetura produzida pelas limitações do gênio humano. Para contrariar os neoliberais de raiz e os detratores do Liberalismo, declarou no JB, em 1990, um ensinamento exemplar: "Nenhum liberal que eu conheça disse que o mercado resolve todos os problemas sociais. Daí a necessidade de um Estado protetor. Também não resolve todos os problemas econômicos, daí a necessidade, menor, mas também importante, de um Estado promotor". Gustavo Krause, ex-governador de Pernambuco _________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- Dada a minha base de conhecimento, não ousaria proferir declarações sobre aquilo que me é desconhecido. Ah, se tivessem pleno discernimento do meu saber. Ah, se eu estivesse ciente daquilo que me falta conhecer. Ah, se eu não estivesse de posse do saber que detenho. _________________________________________________________________________________________________________ ---------------
------------- Mariano Pimentel 6 de junho de 2023 Educação ChatGPT: concepções epistêmico-didático-pedagógicas dos usos na educação _________________________________________________________________________________________________________ ----------- ----------------- O Gosto do Amor (part. Gonzaguinha) Gal Costa Curiosa pra danar Fui chegando no forró Só vi gente impariada Parecendo até um nó Todo mundo coladinho No escuro do salão No picado miudinho Sem querer sair mais não Das meninas, ai e ui Dos rapazes, ui e ai E das véia, digo a Deus Por que é que eu já não posso mais Xote, roque, fox-trote E um beijinho no cangote Tome xote, muito xote Tô querendo é provar Mãe falou pra eu ter cuidado Pai falou: É tentação Mãe falou: Não vá na dança Pai falou: É perdição Mãe falou: Isso é pecado Pai falou: Faça isso não Mãe falou: Ruim pra diabo Pai falou: Até que é bom (inté que bão) Mãe gritou: Isso vicia e esse vício só traz dor Pai falou: De dor se chega ao céu é o gosto do amor Ai mãe, ai que vontade de gritar Ai mãe, ai que vontade de dançar Agarradinha nesse nego, eu vou-me embora Ainda tô à toa e tô querendo me acabar Imagina quando eu chegar no céu Aí mesmo que eu vou gostar Composição: Gonzaga Jr. _________________________________________________________________________________________________________ -----------------
------------ Luiz Gonzaga com seu filho Gonzaguinha e sua primeira mulher e mãe de Gonzaguinha, Odaléia Guedes dos Santos.- 1945 ----------- _________________________________________________________________________________________________________ RESUMO: No contexto do texto, o poder e a autoridade podem ser identificados da seguinte forma: Autoridade: A figura materna e paterna representa a autoridade parental. Eles têm a responsabilidade de orientar e educar o filho, transmitindo valores e normas sociais. A mãe e o pai exercem autoridade ao fornecerem conselhos e advertências sobre o que consideram certo e errado. Suas palavras refletem sua posição como figuras de confiança e respeito para o filho. Poder: O poder está presente nas palavras e na influência dos pais sobre o filho. Eles têm a capacidade de moldar as escolhas e o comportamento do filho através de suas orientações e advertências. No diálogo, vemos a mãe e o pai exercendo poder ao transmitirem suas opiniões e perspectivas sobre questões morais e comportamentais. Suas palavras carregam autoridade e influência sobre o filho, refletindo o poder que têm sobre ele. Assim, no contexto do texto, a autoridade está ligada ao papel parental dos pais, enquanto o poder é exercido através da influência e da capacidade de moldar as escolhas do filho com base nessa autoridade. _________________________________________________________________________________________________________ "Mãe falou pra eu ter cuidado Pai falou: É tentação Mãe falou: Não vá na dança Pai falou: É perdição Mãe falou: Isso é pecado Pai falou: Faça isso não Mãe falou: Ruim pra diabo Pai falou: Até que é bom (inté que bão) Mãe gritou: Isso vicia e esse vício só traz dor Pai falou: De dor se chega ao céu é o gosto do amor" _________________________________________________________________________________________________________ -------------- Luiz Gonzaga - Pense N'Eu ft. Gonzaguinha ---------- _________________________________________________________________________________________________________ 'PODER E AUTORIDADE' Mãe falou pra eu ter cuidado Pai falou: É tentação _________________________________________________________________________________________________________ RESUMO: Esse trecho parece abordar a dinâmica entre poder e autoridade, principalmente na relação entre pais e filhos. A mãe e o pai representam figuras de autoridade, cada um transmitindo suas orientações e advertências de acordo com sua perspectiva e experiência de vida. A mãe adverte sobre os perigos e consequências negativas das tentações e dos comportamentos considerados pecaminosos, expressando preocupação e o desejo de proteger o filho. Ela enfatiza os aspectos negativos e os riscos envolvidos, como vício e dor. Por outro lado, o pai parece adotar uma abordagem mais indulgente ou pragmática, reconhecendo os prazeres e benefícios associados a certos comportamentos. Ele sugere que até mesmo as ações consideradas pecaminosas podem ter seu lado positivo, como a possibilidade de chegar ao céu através da dor, possivelmente sugerindo uma visão mais ampla sobre o sofrimento e o amor. Assim, o trecho sugere uma reflexão sobre a dualidade entre restrição e permissividade, responsabilidade e indulgência, apresentando diferentes perspectivas sobre como exercer autoridade e influenciar o comportamento dos filhos. _________________________________________________________________________________________________________

quinta-feira, 18 de abril de 2024

BREVEMENTE

"Eu preparo uma canção Que faça acordar os homens E adormecer as crianças" -------------- --------------- _________________________________________________________________________________________________________ RESUMIR DIRETAMENTE, BREVEMENTE: _________________________________________________________________________________________________________ ----------- Canção Amiga Milton Nascimento Eu preparo uma canção Em que minha mãe se reconheça Todas as mães se reconheçam E que fale como dois olhos Caminho por uma rua Que passa em muitos países Se não me vêem, eu vejo E saúdo velhos amigos Eu distribuo segredos Como quem ama ou sorri No jeito mais natural Dois carinhos se procuram Minha vida, nossas vidas Formam um só diamante Aprendi novas palavras E tornei outras mais belas Eu preparo uma canção Que faça acordar os homens E adormecer as crianças Eu preparo uma canção Que faça acordar os homens E adormecer as crianças Composição: Carlos Drummond de Andrade. _________________________________________________________________________________________________________ ---------------
------------ Os personagens de Turma do Pererê ------------ A Turma do Pererê foi uma série de histórias em quadrinhos brasileira foi criado pelo autor e cartunista Ziraldo. Foi publicada primeiramente em cartuns em 1959 nas páginas da revista O Cruzeiro. Seus personagens foram criados pelo autor e cartunista Ziraldo em 1958. Foi a primeira revista brasileira em quadrinhos que era totalmente colorida.[1]
------------- Ziraldo n' O Pasquim. Só Dó Quando Eu Rio ---------- ------------
------------- INDIRETAMENTE ------------ _________________________________________________________________________________________________________ “Isso aí não dói?”. Claro que dói, mas é preciso rir. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ PEC das Drogas trata questão séria com demagogia O Globo Parlamento deve ao país resposta condizente com a necessidade de distinguir traficantes de usuários ____________________________________________________________________________________ RESUMO O editorial critica a PEC das Drogas recentemente aprovada no Senado, considerando-a demagógica e ineficaz. Destaca a falta de distinção entre usuários e traficantes, o que pode aumentar o encarceramento de usuários e fortalecer as facções criminosas. Argumenta que a legislação deveria ter sido mais clara e objetiva, em vez de deixar margem para interpretações subjetivas por parte de policiais e juízes. Aponta o aumento da população carcerária e a necessidade de investir em políticas de prevenção e conscientização sobre os riscos das drogas, destacando que o problema é de saúde pública e não deve ser tratado com demagogia. ____________________________________________________________________________________ A Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC das Drogas, aprovada na terça-feira no Senado, é forte em demagogia e, na hipótese mais otimista, inócua como solução para os problemas causados pelos entorpecentes. O texto que segue para a Câmara não faz a distinção necessária entre usuário e traficante e atrapalha, em vez de ajudar, a discussão a respeito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). A questão exige mais conhecimento técnico e responsabilidade do Congresso. Se aprovada pelos deputados como está, a PEC aumentará o encarceramento de usuários pegos pela polícia com quantidades pequenas de droga. Com isso, fornecerá mais mão de obra às facções criminosas que atuam nos presídios e terá o efeito contrário ao desejado por quem votou a favor no Senado. Por isso é urgente fazer correções. A situação preocupante da segurança pública não permite leviandade dos legisladores em tema tão sensível. Desde a aprovação da Lei de Drogas de 2006, o porte de drogas é crime, mas não passível de prisão. Ao não determinar critério objetivo para defini-lo, a legislação deixou em aberto a distinção entre usuários e traficantes. O Senado teve a chance de regular o assunto. Poderia ter feito isso por meio de um projeto de lei. Mas resolveu fechar os olhos para o problema. A PEC aprovada é vaga a respeito, prevendo apenas que seja “observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicáveis ao usuário penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência”. As tais “circunstâncias fáticas” deixam a critério de policiais e juízes o poder de interpretação. É a brecha aberta para decisões distintas em casos semelhantes, para abusos e para colocar na cadeia quem não deveria ser preso. Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avaliou o impacto que uma distinção objetiva entre traficante e usuário teria no sistema carcerário. Se a quantidade permitida por usuário de maconha fosse 25 gramas, cerca de 30% dos condenados não teriam sido presos. O resultado mais visível da indefinição é o inchaço da população carcerária. Há mais de 640 mil detentos no país, 28% dos quais presos por crimes relacionados a drogas. Nas prisões abarrotadas, os chefes do crime organizado obtêm acesso fácil a novos recrutas. Quem é pego com pouca droga logo é solto e pode trabalhar para o tráfico. A votação no Senado foi uma tentativa de interromper julgamento no STF sobre o porte de drogas. No mês passado, quando o ministro Dias Toffoli pediu vista do processo, havia cinco votos a favor de decidir um critério objetivo para distinguir usuário de traficante. Se a Câmara aprovar a PEC, o julgamento cairá no vazio, mas a Corte poderá ser acionada para avaliar sua constitucionalidade. O melhor seria o Parlamento votar uma lei tecnicamente sensata e condizente com a realidade. A maconha provoca problemas cardíacos, respiratórios, cognitivos e mentais, sobretudo quando o uso é abusivo. Por óbvio, não se trata de incentivar seu consumo nem o de nenhuma outra droga. Mas o encarceramento de usuários, além de injusto, não resolve o problema. É preciso investir em campanhas para abrir os olhos dos jovens aos riscos. A experiência bem-sucedida para desestimular o tabagismo pode servir de base. A questão essencial é de saúde pública e não pode continuar a ser tratada com tanta demagogia." _________________________________________________________________________________________________________ ------------
-------------- Senado aprova equívoco contra drogas ----------- ________________________________________________________________________________________________________ RESUMO: O editorial da Folha de S. Paulo critica a decisão do Senado de aprovar uma proposta de emenda à Constituição que criminaliza o porte e a posse de drogas. Destaca que essa medida favorece as facções criminosas ao aumentar a população carcerária, sem distinguir entre usuários e traficantes. Argumenta que a abordagem punitiva falhou no passado e que essa iniciativa agrava o problema. Adverte que essa ação dificultará futuras reformas na política de drogas e afastará o Brasil de políticas mais progressistas adotadas por outros países. A Folha defende a legalização gradual das drogas leves e uma abordagem baseada na saúde pública. _________________________________________________________________________________________________________ Folha de S. Paulo Legislativo, a quem cabe deliberar sobre o tema, erra ao criminalizar; Folha defende legalização de substâncias leves Está longe de haver consenso no Brasil sobre a melhor maneira de lidar com o problema das drogas, mas existe uma franja da sociedade que, de forma unânime, aplaude a decisão do Senado de aprovar uma proposta de emenda à Constituição que criminaliza o porte e a posse de entorpecentes: trata-se das facções criminosas. Elas, afinal, serão as maiores vencedoras se a Câmara dos Deputados também der seu aval a essa PEC, e por um motivo bastante conhecido. O principal efeito desse tipo de norma é o aumento da população dentro das cadeias, justamente onde a criminalidade organizada arregimenta soldados para encorpar as suas tropas. Os parlamentares nem sequer podem alegar desconhecimento dessa dinâmica. Faz quase 20 anos que a Lei de Drogas foi sancionada, em termos muito semelhantes aos que ora se discutem no Congresso —vale dizer, sob o paradigma da guerra aos entorpecentes e sem estabelecer critério objetivo para distinguir usuário e traficante. Estudos diversos demonstram as consequências perniciosas dessa abordagem, como a superlotação de penitenciárias e o salvo-conduto informal para que a discriminação racial e social prevaleça em ações policiais e decisões judiciais. Esperar resultados distintos para regras iguais já seria, para dizer o mínimo, tremenda estultice. O que se faz agora, no entanto, é mais que repetir o erro do passado. Em uma deplorável escalada de atritos com o Supremo Tribunal Federal, o Legislativo, a quem de fato cabe deliberar sobre o tema, se propõe a incrustar o desatino normativo na Constituição. Por trás dessa iniciativa, há um cálculo equivocado. Os congressistas parecem acreditar que, dessa forma, manterão o tema protegido contra ingerências indevidas do Judiciário; esquecem-se, porém, de que emendas também podem ter a constitucionalidade questionada. Se a PEC for aprovada, portanto, a queda de braço com o STF não terá terminado, mas será mais difícil para o próprio Congresso promover correções na política para drogas, pois o quórum para emendar a Constituição é maior do que o necessário para alterar outras leis. Assim, uma reforma tão urgente quanto a definição de parâmetros objetivos sobre uso e tráfico se tornaria cada vez mais improvável. Além disso, com a criminalização inscrita na Carta Maior, pode-se imaginar que uma sombra pesada pairará inclusive sobre quem busca tratamento ou utiliza entorpecentes para fins terapêuticos. Sem contar que o Brasil ficará mais distante de nações avançadas que, corretamente, investem na legalização gradual de drogas leves e na perspectiva da saúde pública, como esta Folha defende." _________________________________________________________________________________________________________ ------------- _________________________________________________________________________________________________________ RESUMO: O plano do governo para atrair pesquisadores brasileiros que estão no exterior gerou dúvidas e críticas entre os que residem no país. O Programa de Repatriação de Talentos oferece bolsas de até R$ 13 mil para doutores e R$ 10 mil para mestres, além de verba para pesquisa. O objetivo é atrair até 1.000 pesquisas em Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação ou empresas, indicando um enfoque pragmático. No entanto, há incertezas sobre a capacidade dos valores oferecidos em atrair talentos de alto nível e sobre o futuro desses pesquisadores após o término dos contratos. O programa também levanta questões sobre a capacidade do mercado e da academia em absorver esses profissionais. Além disso, há a necessidade de discutir políticas para evitar a fuga de cérebros, incluindo o financiamento público do ensino superior e parcerias público-privadas na graduação e pós-graduação, embora esses debates enfrentem resistência ideológica e corporativa _________________________________________________________________________________________________________ -----------
------------ Cérebros perdidos Folha de S. Paulo Plano para atrair pesquisadores brasileiros ao país levanta debate e dúvidas O plano do governo federal para remediar a chamada "fuga de cérebros" não foi muito bem recebido por pesquisadores brasileiros que moram no país, ao menos nas redes sociais. Pelo que foi divulgado até o momento, o Programa de Repatriação de Talentos - Conhecimento Brasil suscita mais dúvidas do que certezas sobre sua qualidade. Para atrair aqueles que foram para o exterior realizar pós-graduação e não retornaram, serão concedidas bolsas de R$ 13 mil a doutores e de R$ 10 mil a mestres, além de R$ 400 mil por pesquisa para compra de equipamentos. Os projetos terão quatro anos, prorrogáveis por mais um. A verba, estimada em R$ 1 bilhão, virá do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, há 35 mil pesquisadores brasileiros em outros países; a meta é atrair até 1.000 pesquisas, que serão realizadas em Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICTs) ou empresas. Esse aspecto ao menos indica pragmatismo —expansão tecnológica e dinamização da economia. As ICTs, previstas em lei, são entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos que têm como missão institucional a pesquisa básica ou aplicada ou o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos. O objetivo é gerar conhecimento para atender necessidades do mercado e da população. Apesar do direcionamento dado à inovação tecnológica associada à atividade econômica e à realidade dos brasileiros, o programa parece modesto e apresenta lacunas. Os valores são suficientes para atrair pesquisadores de ponta? O que eles farão após o término dos contratos? Há espaço no mercado e na academia para absorvê-los? Antes de mais anda, é importante evitar a fuga de cérebros. Para isso, urge discutir o financiamento público do ensino superior e a dificuldade para estabelecer parcerias público-privadas na graduação e na pós-graduação. No entanto esse debate é rechaçado por motivações ideológicas e corporativistas, tanto por governos petistas quanto por entidades de professores e estudantes, que seriam os maiores beneficiados." _________________________________________________________________________________________________________ ------------- _________________________________________________________________________________________________________ RESUMO: O editorial do Estado de S. Paulo critica a aprovação da PEC das drogas no Senado, vendo-a como uma tentativa de retaliar o STF em meio a uma espiral de confronto entre os Poderes. Destaca a falta de autocontenção das instituições, evidenciada pela desunião e pelo embate constante entre os Três Poderes. O Congresso responde às incursões do Judiciário com medidas contraproducentes, enquanto o Executivo recorre ao Judiciário para reverter derrotas políticas. Essa dinâmica compromete os freios e contrapesos institucionais e desvia o foco dos interesses públicos. O editorial conclama os Poderes a atuarem dentro de seus limites constitucionais, sem interferir na independência uns dos outros, e destaca a importância da autocontenção para preservar a democracia. _________________________________________________________________________________________________________ ----------
------------ Freios e contrapesos em frangalhos O Estado de S. Paulo Aprovação da PEC das drogas no Senado se presta a retaliar o STF, em mais um capítulo da espiral de revanche entre os Poderes. Sem autocontenção, as instituições não funcionam Aprovação da PEC das drogas no Senado se presta a retaliar o STF, em mais um capítulo da espiral de revanche entre os Poderes. Sem autocontenção, as instituições não funcionam. Em fevereiro, na abertura dos trabalhos do Poder Judiciário, os presidentes dos Três Poderes organizaram uma coreografia para celebrar a “harmonia entre os Poderes”. O presidente da República falou em “afeto” pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente do Congresso disse que nenhuma instituição tem o “monopólio da defesa da democracia do Brasil”. O presidente do Supremo arrematou: “Felizmente, não preciso gastar muito tempo nem energia falando de democracia, porque as instituições funcionam na mais plena normalidade, com convivência harmoniosa e pacífica de todas”. A frase envelheceu rápido e mal. O que se vê é o contrário. Cada Poder gastando muito tempo e energia com sua agenda própria, ora confrontando outro Poder para demonstrar força, ora se aliando para revidar a um terceiro Poder, e isso em meio a lutas intestinas em cada um dos Poderes e uma polarização política calcificada em pleno ano eleitoral. Um STF de configuração mais progressista, insatisfeito com a “inércia” das maiorias conservadoras no Congresso, avança sobre pautas legislativas, como o marco temporal das terras indígenas, aborto, regulação das redes digitais ou a descriminalização da posse de maconha. A esses erros o Congresso responde com outros, embutindo matérias na Constituição que deveriam estar restritas à legislação ordinária, apenas para se contrapor ao Supremo. O Senado acaba de aprovar a criminalização da posse de drogas – ociosa, porque já está na lei. Na Câmara, tramitam projetos que autorizariam o Congresso a sustar decisões do STF. Se o Judiciário pisa fora de seu quadrado, desde os tempos de Dilma Rousseff o Congresso acumula poderes e discricionariedades, especialmente sobre o Orçamento, sem as correspondentes responsabilidades. O presidente da Câmara usa sua caneta para avançar ou reter pautas, quase sempre sem se referir ao mérito, mas para chantagear o Executivo a ceder cargos e emendas. O presidencialismo de coalizão se tornou um presidencialismo de colisão. Políticas públicas são desfiguradas, desidratadas, dispersas em meio a esse embate em que ambos os Poderes querem verbas, mas ninguém aceita cortes, e o equilíbrio fiscal se degrada a cada dia. Por sua vez, um Executivo acuado por esse Congresso empoderado, onde sua base de esquerda é minoritária, apela ao Judiciário para reverter por decisões judiciais pautas que perde no voto. Nesta semana, o decano do STF, Gilmar Mendes, recebeu em sua casa o presidente Lula, o advogado-geral da União e o ministro da Justiça para um convescote com os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Na pauta, um pedido de apoio a Lula e sua base ante o que os ministros consideram ameaças do Congresso e dos “golpistas” – como se fosse a coisa mais normal do mundo o presidente da República atuar como lobista do STF e ministros articularem uma espécie de “judicialismo de coalizão” para refrear ambições da oposição. Sem nenhum sinal de moderação nos “inquéritos do fim do mundo”, a tendência é de novas represálias do Congresso e mais radicalização da oposição bolsonarista. Tudo isso é péssimo para o País. A cada pauta, já não se sabe se se está discutindo a coisa em si ou o ânimo vingativo de cada Poder, o interesse público ou os interesses privados. Os freios e contrapesos estão estiolados. Na verdade, não há contrapeso, mas pressão permanente; não há freios, só aceleradores. A lei da física é irrevogável, e nestas circunstâncias a tendência é de mais derrapagens e colisões. Divergências são desejáveis na democracia. Inaceitável é a tentativa de interferência de um Poder em outro ou alianças espúrias entre Poderes, travestidas de “pacto”. Ora, esse pacto já foi feito, por meio da Constituição de 1988, e lá está claro: os Três Poderes devem ser “independentes e harmônicos entre si”. A harmonia só é possível quando cada um atua dentro de seus limites constitucionais, sem interferir na independência do outro. Mas o que se tem visto é o contrário: um ativismo frenético sob a justificativa virtuosa de “salvar a democracia”. Se esse é o objetivo, então só há um caminho: o da autocontenção. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ RESUMO: O editorial do Estado de S. Paulo critica o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por sinalizar a possibilidade de avançar com um "pacote da vingança", que inclui a instalação de várias CPIs e outras medidas legislativas. Essa ação é vista como uma estratégia de Lira para influenciar a escolha de seu sucessor e manter protagonismo político. O editorial alerta para os danos que essa abordagem pode causar ao país, especialmente ao colocar os interesses pessoais de Lira acima do interesse público. Embora a instalação das CPIs possa estar de acordo com os requisitos constitucionais e regimentais, o problema reside nos motivos por trás dessas ações, que parecem ser mais políticos do que voltados para investigação efetiva. O editorial conclui que essa disputa entre os Poderes não beneficia o país e destaca a necessidade de priorizar o interesse público sobre agendas políticas pessoais. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ O ‘pacote da vingança’ do sr. Lira O Estado de S. Paulo Mais uma vez, talvez a última, presidente da Câmara submete o País a seus caprichos, em particular ao seu incontido desejo de influenciar sua sucessão e manter protagonismo político Durante a reunião semanal com os líderes dos partidos, ocorrida no dia 16 passado, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que poderá dar andamento ao que já está sendo chamado pelos corredores da Casa de “pacote da vingança”. Nessa sacola de maldades, digamos assim, estaria a instalação de nada menos que cinco das oito Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) requeridas à Mesa Diretora, além de outras medidas legislativas. O alvo principal da desforra é o Poder Judiciário, particularmente o Supremo Tribunal Federal (STF), mas não é improvável que o Palácio do Planalto também seja colhido pela sanha revanchista do sr. Lira. Seja como for, a grande vítima dessa bagunça institucional que parece ter tomado conta do País, como sói acontecer, será a sociedade. É preciso ter claro que tudo isso faz parte de uma estratégia do presidente da Câmara para dar vazão a seu desejo incontido de influenciar a escolha de seu sucessor e, desse modo, manter algum tipo de protagonismo político mesmo após “descer à planície” – como se diz em Brasília dos presidentes da Câmara que, terminado o mandato, voltam a ser apenas mais um entre os 513 deputados. Comportando-se dessa forma, Lira revela que não vê problema algum em submeter o interesse público a seus caprichos. A bem da verdade, não é a primeira vez que o sr. Lira coloca o País sob seu tacão, mas decerto será uma das últimas. Afinal, está cada dia mais próximo o fim de seu mandato à frente da Câmara, razão pela qual todo cuidado é pouco. Na condição de influente líder político que vê seu poder escorrer pelas mãos sob a pressão do tempo, não são triviais os danos que o deputado alagoano pode causar ao País se, imbuído desse espírito revanchista, usar o poder que lhe resta para levar a cabo sua vendeta contra o STF e, de quebra, fustigar o governo Lula da Silva. Tudo leva a crer que assim será. O que se discute na Câmara neste momento é apenas a ordem de instalação das CPIs. Umas das primeiras, se não a primeira, será a CPI para investigar a suposta “violação de direitos e garantias fundamentais”, além da “prática de condutas arbitrárias” e “abuso de autoridade” por parte de ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As outras CPIs que estão em vias de serem instaladas atendem direta ou indiretamente aos interesses da oposição – a forma nada sutil que Lira encontrou para “dar recados” ao governo em meio às suas rusgas particulares com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, entre outros motivos inconfessáveis. Convém registrar que, a rigor, a instalação dessas CPIs – como quaisquer outros atos legislativos – não é algo essencialmente errado caso estejam presentes os requisitos constitucionais e regimentais para isso, como de resto parecem estar. O problema são os fins a que se prestariam essas ações do presidente da Câmara. Parece claro que, antes do interesse de investigar o que quer que seja, está o interesse de Lira de, a um só tempo, turvar o debate público em pleno ano eleitoral e travar o andamento da pauta legislativa, incluindo projetos de interesse do governo por seus supostos desdobramentos na seara econômica. Ora, se é isso o que normalmente acontece quando há apenas uma CPI em andamento, que dirá com cinco CPIs simultâneas e potencialmente tumultuadas, haja vista seus possíveis reflexos em outros Poderes e na opinião pública. O País poderia estar apenas assistindo ao jogo jogado da política, o que de resto seria rigorosamente legítimo. Só não é porque, como dissemos, as intenções subjacentes a essa articulação conduzida pelo presidente da Câmara em fim de mandato passam muito longe do melhor interesse público. Ao fim e ao cabo, pode ser que Lira não consiga realizar o que deseja. É lícito inferir que tudo não passe mesmo de “recados”, uma encenação de poder sem uma correspondente materialização de atos hostis. O busílis é que essa “guerra fria” entre os Poderes não gera nada de bom para o País." _________________________________________________________________________________________________________ --------------
------------- Protótipo de bomba financeira ------------ RESUMO: O Estado de S. Paulo reporta que o FMI expressou preocupação com a expansão dos fundos de crédito privado, que concederam US$ 2,1 trilhões em empréstimos em 2023, destacando a falta de regulamentação adequada. O FMI recomenda regras mais intrusivas de supervisão para lidar com as vulnerabilidades e riscos associados a esse setor, que carece de transparência e dados confiáveis sobre liquidez e exposição ao risco. Alerta-se que o mercado de crédito privado, especialmente nos EUA, Europa e Ásia, está crescendo rapidamente, o que pode representar uma ameaça financeira se não for devidamente monitorado. O editorial conclui que, embora o crédito privado seja importante, deixá-lo sem regulamentação adequada é arriscado. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ O Estado de S. Paulo Fundos de crédito privado são ‘opacos’ e precisam de regulação ‘mais intrusiva’, alerta o FMI O Fundo Monetário Internacional (FMI) centrou sua preocupação em uma das mais atrativas opções das empresas ao empréstimo bancário – o “opaco” universo dos fundos de crédito privado. Em seu mais recente Relatório sobre Estabilidade Financeira Global, divulgado no último dia 8, a instituição notou a expansão descomunal desse segmento, responsável pela concessão de US$ 2,1 trilhões em empréstimos mundo afora em 2023, em um contexto de regulamentações frouxas e repletas de lacunas. A recomendação do FMI às autoridades nacionais não poderia ser outra: regras e supervisões “mais intrusivas”. Obviamente, há vulnerabilidades e riscos ao sistema financeiro envolvidos no alerta emitido pelo FMI sobre um segmento que compete com o bancário na concessão de empréstimos, emissões de debêntures e outras modalidades requisitadas pelas empresas e até mesmo por consumidores e pessoas físicas. O Fundo reconhece essa categoria como relevante para o impulso da atividade econômica. Mas, da maneira livre como atua nos últimos 20 anos, qualquer abalo em seu funcionamento, como a alta da inadimplência de seus clientes, trará consequências imprevistas para toda a economia. Primeiro, porque há pouca transparência ou rasa confiabilidade nos dados informados pelas firmas de crédito privado sobre sua capacidade de liquidez, sua potencial realização de perdas, sua conexão com os demais setores da economia nacional, sua exposição internacional e até mesmo sobre seus investidores. Segundo, porque o mercado de crédito privado ainda não foi exposto a um estresse. Portanto, qualquer previsão sobre suas reais condições de reagir e seu potencial de contaminar outros segmentos não tem nenhuma base de referência. Grosso modo, trata-se de um protótipo de bomba a ser testado a qualquer momento – termo que o Fundo, obviamente, não chegou a mencionar em seu relatório. Há ainda um terceiro fator a ser considerado, não menos importante do que os anteriores: a elevada atratividade do mercado de crédito privado, sobretudo para médias empresas em condições mais vulneráveis e ciosas em obter recursos a menores custos do que os cobrados pelos bancos. A expansão dessas firmas, não por acaso, se deu no rastro das normas mais rígidas impostas ao sistema bancário desde a crise financeira global desencadeada em 2008, sobretudo para a concessão de empréstimos. A advertência do FMI está direcionada especialmente aos Estados Unidos, à Europa e à Ásia, onde houve significativa escalada desse segmento nas últimas duas décadas. Nos EUA, o mercado de crédito privado cresceu a uma média anual de 20% desde 2018 e atingiu US$ 1,6 trilhão em meados do ano passado. O Brasil e o restante da América Latina não chegaram a ser mencionados no relatório do Fundo, mas o segmento está longe de ser incipiente nessa parte do mundo. É inegável a importância do crédito privado como ator competitivo no sistema financeiro. Mas deixá-lo à mercê da miopia dos órgãos de regulação e de supervisão é uma aventura de alto risco. _________________________________________________________________________________________________________ -------------
------------ Varejo mostra economia com bom ritmo no início do ano ------------- RESUMO: O desempenho surpreendente do varejo em fevereiro, com crescimento inesperado nas vendas, é explicado por vários fatores, incluindo o aumento do salário mínimo, o pagamento de precatórios e o mercado de trabalho aquecido. O volume de vendas no varejo restrito subiu 1%, superando as expectativas de uma queda de 1,6%, enquanto o varejo ampliado cresceu 1,2%. Esse aumento na atividade econômica também afetou a inflação, mantendo-a resistente a se aproximar da meta estabelecida. O governo busca impulsionar o crédito com novos programas, mas deve monitorar o comportamento dos juros, que podem parar de cair em níveis desejáveis. As revisões otimistas das projeções para o PIB refletem esse cenário econômico favorável. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ Valor Econômico Resultados explicam em parte por que a inflação, depois de queda forte, resiste a aproximar-se da meta O desempenho do varejo em fevereiro surpreendeu os economistas. No caso do varejo, a expectativa era de queda nas vendas, mas elas cresceram. O volume de vendas no varejo restrito subiu 1% em fevereiro em comparação com janeiro, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE. A mediana da expectativa junto a 26 consultorias e instituições financeiras apurada pelo Valor Data era de queda de 1,6%. Na comparação com fevereiro de 2023, o varejo restrito cresceu 8,2%, bem acima do esperado, de 3,5%. Foi o segundo mês consecutivo de crescimento do varejo, acumulando 6,1% no período, com 2,8% apenas em janeiro; e, em 12 meses, a alta é de 2,3%. No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, material de construção e atacarejo, o crescimento foi de 1,2% entre janeiro e fevereiro; e, na comparação com fevereiro de 2023, de nada menos que 9,7%. Em 2024, a alta acumulada é de 10,1%, enquanto o resultado nos 12 meses até fevereiro é de 5,7%. No primeiro bimestre, o volume de serviços cresceu 3,3% frente ao mesmo período de 2023; em 12 meses, ficou em 2,2%. Os analistas esperavam novo avanço em fevereiro, o que não ocorreu. Em relação a fevereiro de 2023 houve expansão de 2,5%. Mas observa-se muitas vezes na economia um pêndulo entre os gastos com o varejo e com os serviços. Quando se compram mais bens, geralmente se gasta menos em serviços. Pode ser isso que tenha ocorrido neste início de ano. Vários fatores explicam o comportamento do varejo. O aumento do salário mínimo, o pagamento de precatórios, o mercado de trabalho apertado e a oferta de crédito aumentaram a renda e estimularam o consumo. O bom desempenho foi disseminado, com destaque para o crescimento de 9,9% no volume de vendas de artigos farmacêuticos e de perfume em fevereiro. Dos dez setores do conceito ampliado, sete tiverem alta. As vendas do varejo mais dependentes de crédito, como veículos, cresceram 2,4% em fevereiro em relação a janeiro. Mas o fator mais importante é o aumento do salário mínimo. Já no fim do ano passado, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estimava que o reajuste do salário mínimo injetaria quase R$ 70 bilhões na economia. Os Estados do Nordeste e do Norte, regiões nas quais o salário mínimo faz mais diferença, tiveram desempenho de varejo melhor do que o da média em sua maior parte. Economistas do Itaú Unibanco observam que, em geral, quando o reajuste do salário mínimo fica acima da inflação, como neste ano, há um pico de consumo no varejo ampliado nos primeiros meses, em comparação com os anos em que não há reajuste dessa magnitude. Eles também notaram que o desempenho da arrecadação de alguns impostos, como PIS, Cofins, IPI e Imposto sobre a Importação, às vezes antecipa o comportamento das vendas no varejo ampliado. Em fevereiro, a arrecadação subiu mais de 16%, em termos reais, em comparação com o mesmo mês de 2023, segundo cálculos feitos a partir dos dados da Receita. A taxa de desemprego aumentou ligeiramente neste início de ano, como costuma acontecer nesse período, por causa da dispensa de trabalhadores que foram contratados de forma temporária em novembro e dezembro por conta do Natal. A taxa de desemprego passou de 7,4% em dezembro para 7,6% em janeiro e 7,8% em fevereiro. No entanto, a massa salarial continua crescendo, e aumentou R$ 19,3 bilhões em um ano, para o nível recorde de R$ 307,3 bilhões, uma alta de 6,7% no trimestre encerrado em fevereiro, em comparação com o mesmo período de 2023. O impacto do pagamento dos precatórios é igualmente relevante. A operação injetou cerca de R$ 96 bilhões na economia em janeiro e fevereiro. Cerca de R$ 45 bilhões desse total eram referentes a precatórios alimentícios para as pessoas físicas, o que estimula as compras desses produtos no varejo e gera um impacto positivo de 0,3 a 0,4 ponto percentual no PIB, segundo cálculos do Itaú Unibanco. Alguns analistas revisaram as projeções para o PIB do ano, que chegaram perto dos 2,9% do ano passado em alguns casos. No Boletim Focus, as estimativas para o PIB ficaram em 1,95%, de acordo com as expectativas colhidas na semana passada. O resultado do Monitor do PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, respalda o otimismo ao registrar avanço de 0,8% em fevereiro e crescimento de 3% em 12 meses, assim como o IBC-Br, que subiu 0,4% no mês. Esses resultados explicam em parte por que a inflação, depois de queda forte, resiste a aproximar-se da meta, e, pelas expectativas do Focus, começou a afastar-se discretamente dela. O governo quer turbinar o crédito com vários novos programas e afrouxou as metas fiscais, mas precisa ter atenção a que os juros parem de cair em um nível bem mais alto que o desejado. _________________________________________________________________________________________________________ ------------
----------- MÚLTIPLO Ziraldo criador do Menino Maluquinho: o desenho e o texto para acordar os homens e adormecer as crianças ---------- O BRASIL TRAÇADO DE A A Z "...E FOI AÍ que todo mundo descobriu que ele não tinha sido um menino maluquinho. Tinha sido era um menino feliz." As últimas linhs de O Menino Maluquinho, clássico infantil de 1980 que vendeu 4 milhões exemplares, serviria de epitáfio para a vida e a magistral obra do cartunista e escritor Ziraldo. Sem ele, o Brasil teria sido mais infeliz do que é.' MEMÓRIA VEJA 12 DE ABRIL, 2024 p.17 _________________________________________________________________________________________________________

segunda-feira, 15 de abril de 2024

DEFESA QUENTE

O conceito de "defesa quente" pode ser entendido à luz do Artigo 51 do Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que trata do direito dos Estados à autodefesa em caso de agressão armada. De acordo com este artigo, os Estados-membros têm o direito inerente à autodefesa individual ou coletiva, caso sejam alvos de um ataque armado, até que o Conselho de Segurança possa tomar medidas para manter a paz e a segurança internacionais. Essa "defesa quente" refere-se, portanto, à legítima defesa de um Estado contra uma agressão militar iminente ou em curso por parte de outro Estado ou grupo de Estados. É importante ressaltar que esse direito à autoCarta das Nações Unidas. Primeiramente, a adefesa está sujeito a certas condições e limitações, conforme estabelecido na ção de autodefesa deve ser imediatamente comunicada ao Conselho de Segurança e não pode ir além do necessário para repelir o ataque armado inicial. Além disso, a defesa quente deve ser proporcional à ameaça enfrentada e deve ser realizada com o objetivo de restaurar a paz e a segurança internacionais. No contexto atual, em que Estados-membros da ONU enfrentam desafios de segurança e ameaças à sua integridade territorial, o Artigo 51 tem sido invocado para justificar ações de autodefesa legítima. No entanto, é essencial garantir que tais ações estejam em conformidade com os princípios e propósitos da Carta das Nações Unidas, que buscam preservar a paz e evitar o uso da força além do necessário. Portanto, enquanto os Estados têm o direito à autodefesa, é fundamental que suas ações sejam consistentes com o direito internacional e contribuam para a manutenção da paz e da segurança globais, em vez de aumentar a escalada do conflito. ----------- ------------- Ao vivo: Conselho de Segurança da ONU debate ataque do Irã à Israel (em inglês) Poder360 Transmissão ao vivo realizada há 21 horas #israel #onu #irã O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) se reúne neste domingo (14.abr.2024) para debater o ataque do Irã à Israel no sábado (13.abr). ---------------
------------ ARTIGO 51 - Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos Membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais. CAPÍTULO VII AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E ATOS DE AGRESSÃO ------------
------------ O que é o artigo 51, norma da ONU que Irã usou para justificar o ataque a bases americanas no Iraque Artigo permite uso da violência em resposta a uma agressão, mas proíbe alegação de legítima defesa antecipada diante de um possível ataque armado e não realizado. Por Carlos Brito, G1 Rio 08/01/2020 08h59 Atualizado há 4 anos Emissora iraniana noticia lançamento de mísseis contra alvos no Iraque — Foto: Iribnews/Reprodução Emissora iraniana noticia lançamento de mísseis contra alvos no Iraque — Foto: Iribnews/Reprodução O Irã atacou, com 22 mísseis, duas bases que abrigam tropas dos EUA no Iraque na noite desta terça (7) - madrugada de quarta (8) no horário local. Segundo o ministro de Relações Exteriores iraniano, Javad Zarif, os ataques foram feitos com base no artigo 51 da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). A Carta é o tratado que estabeleceu as Nações Unidas logo após a Segunda Guerra Mundial, em substituição à Liga das Nações, como entidade máxima da discussão do direito internacional e fórum de relações e entendimentos supranacionais. O documento traz também as principais disposições com relação à manutenção da paz e segurança internacionais. O artigo 51, citado pelo ministro iraniano, permite que Estados usem da violência em resposta a uma agressão, mas proíbe a alegação de legítima defesa antecipada diante de um possível ataque armado e não realizado. A prerrogativa para agir, no entanto, é que seja feita a imediata comunicação ao Conselho de Segurança sobre a medida adotada para a autodefesa. Tensão no Oriente Médio: Irã justifica reação com artigo 51 das ONU Polêmica Uma das dúvidas sobre o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani é se os EUA tinham base legal para ordenar o ataque aéreo. O primeiro comunicado do Departamento de Defesa dos EUA, divulgado logo após o ataque, não falava em risco “iminente”, como determina a legislação internacional. No entanto, os textos divulgados posteriormente pelas autoridades americanas, inclusive o comunicado feito pelo presidente Donald Trump, diziam que Soleimani planejava “ataques iminentes”. A dúvida deu margem para que a pré-candidata democrata à Presidência dos EUA, Elizabeth Warren, criticasse o presidente americano: "o governo não consegue acertar sua narrativa”. Bases iraquianas sofrem ataques — Foto: Cido Gonçalves/G1 Bases iraquianas sofrem ataques — Foto: Cido Gonçalves/G1 O que diz o artigo 51 "Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais". Casos mais conhecidos O caso mais conhecido de utilização do que está previsto no artigo 51 da Carta da ONU é a ação retaliatória dos Estados Unidos no Iraque após os ataques de 11 de setembro – referendado pela resolução 1.368/2001 do Conselho de Segurança da organização. Segundo avião atinge a torre sul do WTC nos ataques coordenados de 11 de setembro — Foto: The New York Times Segundo avião atinge a torre sul do WTC nos ataques coordenados de 11 de setembro — Foto: The New York Times Outra ação autorizada pelo Conselho de Segurança foi a intervenção militar na Líbia, durante o período da Primavera Árabe, em 2011. A resolução permitia o uso da força para a proteção de civis. Na ocasião, a operação foi liderada pelos principais membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN. Rússia e China, no entanto, acusaram a OTAN de atuar para além do que a resolução permitia, ditando os rumos políticos da Líbia. Em 2018, após alegar resposta ao uso de armas químicas pelo governo Bashar al-Assad em território Sírio, Estados Unidos, França e Inglaterra fizeram uma intervenção militar por meio de bombardeios à Síria. Na ocasião, Trump argumentou que se tratava de “ameaça à Segurança Nacional” dos Estados Unidos, o que poderia justificar uma legítima defesa preventiva. A ação foi considerada ilegal nos termos da ONU e do Direito Internacional. Especialistas brasileiros Consultados pelo G1, dois professores da Fundação Getúlio Vargas, Vinícius Rodrigues e Paulo Velasco, têm pontos de vista distintos sobre o uso do artigo 51 neste novo ataque do Irã com 22 mísseis. "A utilização do artigo 51 é uma tentativa de dar um verniz legal à sua ação, uma espécie de legitimidade. O artigo 51 é polêmico e as autoridades iranianas sabem disso. Quando essa situação chegar ao Conselho de Segurança da ONU, há uma grande chance de os Estados Unidos ficarem de um lado e Rússia do outro, com os outros membros optando pela neutralidade. Ou seja, o conselho poderá não chegar a nenhuma conclusão", explicou o professor de Relações Internacionais, Vinícius Rodrigues. Ele consegue enxergar uma lógica nos ataques para além da mera retaliação direta. "A impressão que tenho é a seguinte: com esses ataques, o Irã diz aos Estados Unidos que o jogo agora está zero a zero - 'vocês mataram nosso general e agora atacamos suas bases. Estamos empatados e é melhor pararmos por aqui'. É evidente que, neste momento, a bola está com os Estados Unidos. Vamos ver agora se essa situação vai avançar para uma escalada, algo que, neste momento, não acredito. Apesar de querer se estabilizar como principal força no Oriente Médio e enxergar os Estados Unidos como um obstáculo a esse objetivo, o Irã sabe que não pode vencer uma guerra direta contra os americanos". Para o professor Paulo Velasco, a utilização do artigo 51 foi indevida. "O artigo justifica a legítima defesa quando um país sofre uma agressão efetiva contra seu território - o que de forma alguma foi o caso em questão. O assassinato do general Soleimani foi uma ação pontual e ocorrida em território iraquiano. Ou seja, trata-se de um ato pontual: a morte de um ator específico, fora do território iraniano. Portanto, a meu ver, o artigo 51 não poderia ser aplicado. Mas aí, cada país utiliza uma interpretação da lei e uma retórica diplomática diferente para justificar suas ações". Segundo ele, o Irã foi muito cuidadoso em sua retaliação. "Os iranianos não fizeram nada além do previsto para dar essa resposta à sua população. Atacaram uma base que nem pertence aos Estados Unidos - apenas abriga militares americanos. E pelo menos até o momento, não há notícias de mortes americanas. Por isso, com o que temos até agora, não acredito em uma escalada do confronto. Os Estados Unidos sabem que uma guerra pode comprometer sua economia - algo que Trump não quer de jeito nenhum, sobretudo neste ano, em que ele tenta a reeleição. E o Irã também sabe que declarar guerra aos Estados Unidos é suicídio. O governo iraniano é muito pragmático - não por acaso, controla o país desde 1979". _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS Preâmbulo NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra,que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla. E PARA TAIS FINS, praticar a tolerância e viver em paz, uns com os outros, como bons vizinhos, e unir as nossas forças para manter a paz e a segurança internacionais, e a garantir, pela aceitação de princípios e a instituição dos métodos, que a força armada não será usada a não ser no interesse comum, a empregar um mecanismo internacional para promover o progresso econômico e social de todos os povos. RESOLVEMOS CONJUGAR NOSSOS ESFORÇOS PARA A CONSECUÇÃO DESSES OBJETIVOS. Em vista disso, nossos respectivos Governos, por intermédio de representantes reunidos na cidade de São Francisco, depois de exibirem seus plenos poderes, que foram achados em boa e devida forma, concordaram com a presente Carta das Nações Unidas e estabelecem, por meio dela, uma organização internacional que será conhecida pelo nome de Nações Unidas. CAPÍTULO I PROPÓSITOS E PRINCÍPIOS ARTIGO 1 - Os propósitos das Nações unidas são: 1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz; 2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal; (...) CAPÍTULO VII AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E ATOS DE AGRESSÃO ARTIGO 39 - O Conselho de Segurança determinará a existência de qualquer ameaça à paz, ruptura da paz ou ato de agressão, e fará recomendações ou decidirá que medidas deverão ser tomadas de acordo com os Artigos 41 e 42, a fim de manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. ARTIGO 40 - A fim de evitar que a situação se agrave, o Conselho de Segurança poderá, antes de fazer as recomendações ou decidir a respeito das medidas previstas no Artigo 39, convidar as partes interessadas a que aceitem as medidas provisórias que lhe pareçam necessárias ou aconselháveis. Tais medidas provisórias não prejudicarão os direitos ou pretensões , nem a situação das partes interessadas. O Conselho de Segurança tomará devida nota do não cumprimento dessas medidas. ARTIGO 41 - O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas decisões e poderá convidar os Membros das Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos , postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer espécie e o rompimento das relações diplomáticas. ARTIGO 42 - No caso de o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no Artigo 41 seriam ou demonstraram que são inadequadas, poderá levar e efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. Tal ação poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos Membros das Nações Unidas. ARTIGO 43 - 1. Todos os Membros das Nações Unidas, a fim de contribuir para a manutenção da paz e da segurança internacionais, se comprometem a proporcionar ao Conselho de Segurança, a seu pedido e de conformidade com o acordo ou acordos especiais, forças armadas, assistência e facilidades, inclusive direitos de passagem, necessários à manutenção da paz e da segurança internacionais. 2. Tal acordo ou tais acordos determinarão o número e tipo das forças, seu grau de preparação e sua localização geral, bem como a natureza das facilidades e da assistência a serem proporcionadas. 3. O acordo ou acordos serão negociados o mais cedo possível, por iniciativa do Conselho de Segurança. Serão concluídos entre o Conselho de Segurança e Membros da Organização ou entre o Conselho de Segurança e grupos de Membros e submetidos à ratificação, pelos Estados signatários, de conformidade com seus respectivos processos constitucionais. ARTIGO 44 - Quando o Conselho de Segurança decidir o emprego de força, deverá, antes de solicitar a um Membro nele não representado o fornecimento de forças armadas em cumprimento das obrigações assumidas em virtude do Artigo 43, convidar o referido Membro, se este assim o desejar, a participar das decisões do Conselho de Segurança relativas ao emprego de contigentes das forças armadas do dito Membro. ARTIGO 45 - A fim de habilitar as Nações Unidas a tomarem medidas militares urgentes, os Membros das Nações Unidas deverão manter, imediatamente utilizáveis, contigentes das forças aéreas nacionais para a execução combinada de uma ação coercitiva internacional. A potência e o grau de preparação desses contingentes, como os planos de ação combinada, serão determinados pelo Conselho de Segurança com a assistência da Comissão de Estado-Maior, dentro dos limites estabelecidos no acordo ou acordos especiais a que se refere o Artigo 43. ARTIGO 46 - O Conselho de Segurança, com a assistência da Comissão de Estado-maior, fará planos para a aplicação das forças armadas. ARTIGO 47 - 1. Será estabelecia uma Comissão de Estado-Maior destinada a orientar e assistir o Conselho de Segurança, em todas as questões relativas às exigências militares do mesmo Conselho, para manutenção da paz e da segurança internacionais, utilização e comando das forças colocadas à sua disposição, regulamentação de armamentos e possível desarmamento. 2. A Comissão de Estado-Maior será composta dos Chefes de Estado-Maior dos Membros Permanentes do Conselho de Segurança ou de seus representantes. Todo Membro das Nações Unidas que não estiver permanentemente representado na Comissão será por esta convidado a tomar parte nos seus trabalhos, sempre que a sua participação for necessária ao eficiente cumprimento das responsabilidades da Comissão. 3. A Comissão de Estado-Maior será responsável, sob a autoridade do Conselho de Segurança, pela direção estratégica de todas as forças armadas postas à disposição do dito Conselho. As questões relativas ao comando dessas forças serão resolvidas ulteriormente. 4. A Comissão de Estado-Maior, com autorização do Conselho de Segurança e depois de consultar os organismos regionais adequados, poderá estabelecer subcomissões regionais. ARTIGO 48 - 1. A ação necessária ao cumprimento das decisões do Conselho de Segurança para manutenção da paz e da segurança internacionais será levada a efeito por todos os Membros das Nações Unidas ou por alguns deles, conforme seja determinado pelo Conselho de Segurança. 2. Essas decisões serão executas pelos Membros das Nações Unidas diretamente e, por seu intermédio, nos organismos internacionais apropriados de que façam parte. ARTIGO 49 - Os Membros das Nações Unidas prestar-se-ão assistência mútua para a execução das medidas determinadas pelo Conselho de Segurança. ARTIGO 50 - No caso de serem tomadas medidas preventivas ou coercitivas contra um Estado pelo Conselho de Segurança, qualquer outro Estado, Membro ou não das Nações unidas, que se sinta em presença de problemas especiais de natureza econômica, resultantes da execução daquelas medidas, terá o direito de consultar o Conselho de Segurança a respeito da solução de tais problemas. ARTIGO 51 - Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais. As medidas tomadas pelos Membros no exercício desse direito de legítima defesa serão comunicadas imediatamente ao Conselho de Segurança e não deverão, de modo algum, atingir a autoridade e a responsabilidade que a presente Carta atribui ao Conselho para levar a efeito, em qualquer tempo, a ação que julgar necessária à manutenção ou ao restabelecimento da paz e da segurança internacionais. https://www.oas.org/dil/port/1945%20Carta%20das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas.pdf ________________________________________________________________________________________________________

sábado, 13 de abril de 2024

CONVENÇÕES

UM TRÊS QUATRO DOIS QUATRO um mais três igual a quatro quatro dois quatro ------------- Corcovado Tom Jobim ------------ ----------------- Sentido Real e Sentido Convencional da Corrente Elétrica ------------- Sentido Real e Sentido Convencional da Corrente Elétrica Essa aula foi elaborada com o Simulador chamado de "Kit para Montar Circuito DC - Lab Virtual". Esse Simulador faz parte do Projeto PhET™ da Universidade do Colorado (EUA). Professor Renato (Blog Eletro Ensino) --------------- ------------- Jeff Bezos and Elon Musk Won’t Treat You Better on Mars -------------
------------- Robert Reich "Airlines have merged from 12 major carriers in 1980 to 4 today. A handful of companies control the pharmaceutical industry. Four giants control over 80% of meat processing. The evidence of corporate concentration is everywhere. And the competition means higher prices for you." - Robert Reich -------------
------------- Robert B. Reich | Economic Policy Institute ------------ O texto de Robert Reich destaca a concentração de poder econômico em diferentes setores, como companhias aéreas, indústria farmacêutica e processamento de carne. Ele aponta que o número de grandes empresas em cada setor diminuiu significativamente ao longo do tempo, o que sugere uma tendência de concentração de mercado. Isso pode ter várias implicações, incluindo menor concorrência e maior controle sobre os preços. Reich destaca que a concentração corporativa está em toda parte e sugere que isso pode resultar em preços mais altos para os consumidores. Ele enfatiza que a competição é fundamental para manter os preços acessíveis e a qualidade dos produtos e serviços. Essencialmente, o texto aponta para um fenômeno econômico preocupante: a concentração de poder econômico em poucas mãos, o que pode ter impactos negativos para os consumidores e para a economia em geral. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ “[…] encontrarás nele [no livro] as alegrias e as tristezas de um viver que se finda, e os gestos iniciais de um novo existir, pleno em busca da Justiça e da Graça”. ------------
------------- O CASMURRO Potro: um monte de músculos Chegou bem discreto fugindo das terras do Loreto Com rotundo porrete de ipê esmagara a cabeça da madrasta A malvada tinha assassinado a sua pequenina e querida irmã de cabelos longos e lisos O jovem Zé-Aleixo era casmurro: "homem calado e metido consigo" Burro: para o serviço pesado Carregou nos ombros tanta água lenha melancia ração Ao amanhecer — no fundo pilão socara muito milho e arroz Mana — a minha irmã Adailma — ele a chamava com saudade da sua pobre menina morta O velho Zé-Aleixo era casmurro: "homem calado e metido consigo" _________________________________________________________________________________________________________ ------------- ------------------- Construção / Deus Lhe Pague Construção / Deus Lhe Pague · Chico Buarque A Arte De Chico Buarque _________________________________________________________________________________________________________ --------------
------------- ATENÇÃO ESTA FITA É SUA GARANTIA. SE HOUVER VIOLAÇÃO CONFIRA A MERCADORIA NO ATO DE RECEBIMENTO. BICHO EDITORA ESPERTO RIDEL _______________________________________________________________________________________________________________ ------------ -------- Pão Nosso #030 - Convenções NEPE Paulo de Tarso Transmitido ao vivo em 2 de jun. de 2022 Série de estudos, com Artur Valadares, da obra "Pão Nosso", de Emmanuel/Chico Xavier. --------------- E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. – (Marcos, 2:27.) O sábado, nesta passagem evangélica, simboliza as convenções organizadas para o serviço humano. Há criaturas que por elas sacrificam todas as possibilidades de elevação espiritual. Quais certos encarregados dos serviços públicos que adiam indefinidamente determinadas providências de interesse coletivo, em virtude da ausência de um selo minúsculo, pessoas existem que, por bagatelas, abandonam grandes oportunidades de união com a esfera superior. Ninguém ignora o lado útil das convenções. Se fossem totalmente imprestáveis, o Pai não lhes permitiria a existência no jogo das circunstâncias. São tabelas para a classificação dos esforços de cada um, tábuas que designam o tempo adequado a esse ou àquele mister; todavia, transformá-las em preceito inexpugnável ou em obstáculo intransponível, constitui grave dano à tranqüilidade comum. A maioria das pessoas atende-as, antes da própria obediência a Deus; entretanto, o Altíssimo dispôs todas as organizações da vida para que ajudem a evolução e o aprimoramento dos filhos. O próprio Planeta foi edificado por causa do homem. Se o Criador foi a esse extremo de solicitude em favor das criaturas, por que deixarmos de satisfazer-lhe os divinos desígnios, prendendo-nos às preocupações inferiores da atividade terrestre? As convenções definem, catalogam, especificam e enumeram, mas não devem tiranizar a existência. Lembra-te de que foram dispostas no caminho a fim de te servirem. Respeita-as, na feição justa e construtiva; contudo, não as convertas em cárcere. 30 Convenções Livro PÃO NOSSO – EMMANUEL / Chico Xavier _________________________________________________________________________________________________________ ------------- ------------- INCRÍVEL - Como essa Lâmpada funciona SEM ENERGIA? Engehall Elétrica 23 de nov. de 2017 BELO HORIZONTE OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: INFELIZMENTE A FÁBRICA PAROU DE FORNECER O EQUIPAMENTO ⚡️ AULA GRATUITA: Como Fazer Uma Instalação Elétrica Completa do Zero, Com Facilidade, Mesmo que Você Não Seja Um Eletricista Profissional: ➽ https://eletr.co/oisi https://www.youtube.com/watch?v=xGNq6SSbGFo _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------- 8 - ACENDE-SE A LÂMPADA DA DÚVIDA "Depoimentos merecedores do mais alto conceito dão-nos conta do zelo religioso de Eurípedes, desde a meninice, quando exercia com muito respeito as funções de "coroinha", nos rituais da Paróquia local. Co-fundador da Irmandade de São Vicente de Paulo, deteve por alguns anos o cargo de secretário dessa congregação. O vigário da época era o Padre Manoel Rodrigues da Paixão - muito estimado por suas virtudes e chamado carinhosamente paroquianod de "Nosso Padrinho Vigário". Eurípedes afinizava-se bem como o bondos pároco, também pelas manifestações usuais de dinamismo realizador do jovem, na extensão dos serviços religiosos. Assíduo nos cultos e sincero nas convicções, que o ligavam à Igreja, sempre fora alvo da confiança do Senhor Vigário e de seus assistentes: Pe.Augusto Teodoro da Rocha Maia e Pe. Pedro Ludovico Santa Cruz. Estes últimos antigos professores de Eurípedes. Um episódio marcante veio abrir novos horizontes no entendimento espiritual de Eurípedes." Eurípedes - o Homem e a Missão pp. 71-73 _________________________________________________________________________________________________________ ----------- --------------- Limites da Encarnação | Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo 4:24 Comentado Doutrina Espirita Espiritismo Fácil - Isaias Vasconce _________________________________________________________________________________________________________ ----------- Instruções dos Espíritos. Limites da encarnação. 24. Quais os limites da encarnação? "A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo. "O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas. "Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação. "Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado." — S. Luís. Paris, 1859. https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/887/o-evangelho-segundooespiritismo/2058/capitulo-iv-ninguem-podera-ver-o-reino-de-deus-se-nao-nascer-de-novo _________________________________________________________________________________________________________ ------------
------------ Você pode pensar positivo. Os pensamentos positivos são muito mais fortes do que os negativos. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------- Deus, Fé e Espiritualidade • Rubem Alves Território Conhecimento 73.035 visualizações 21 de dez. de 2017 "Natureza, beleza e arte são nomes que dou ao meu Deus" fragmentos da entrevista para o programa "3 a 1" gravado em 2011 íntegra ► • Rubem Alves - 3 a 1 (14/12/2011) "Sempre fui louco por Jardins, uns acham que eu não acredito em Deus. Como não acreditar em Deus se há Jardins? Um Jardim é a face visível de Deus e essa face me basta." _________________________________________________________________________________________________________ --------------
-------------- OBRA REUNIDA, DE ADAILTON MEDEIROS (CAXIAS 1938 – RJ, 2010) Fonte: EDMILSON SANCHES é membro da Academia Maranhense de Ciências, do Conselho Regional de Administração, do Conselho Regional de Contabilidade, do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, da Academia Internacional de Literatura Brasileira (Estados Unidos), do Instituto Histórico e Geográfico e Academia de Letras de Caxias, e de Academias de Letras dos Estados do Maranhão, Pará, Espírito Santo e São Paulo. “ – Caxias! / — Caxias! / — Caxias! / — ó Pátria […]” Lição do Mundo, dedicado a Honorato Medeiros, avô paterno (portanto, homem de muitas “lições do mundo”), reúne poemas do período de 1978 a 1990, este exatamente o ano de ingresso de Adailton na ordem beneditina. O próprio Poeta caracteriza essa obra como linha divisória de sua biografia. Ele escreve sobre o livro, em pequena nota antes do primeiro poema: “[…] encontrarás nele [no livro] as alegrias e as tristezas de um viver que se finda, e os gestos iniciais de um novo existir, pleno em busca da Justiça e da Graça”. Parece que o Poeta estava se despedindo, ou, como aqui e acolá se diz acerca dos que optam pela vida religiosa de renúncias e clausura, parece que estava “morrendo” para a existência secular e “renascendo” para a essência espiritual. Lição do Mundo é quase uma autobiografia, repleto de autorreferências, de lembranças da infância, de tempos idos e vividos na terra natal. Tem até poemas com a data completa de nascimento e de aniversário de Adailton Medeiros, além de referências a seu cinquentenário (20), sua solidão, a religião/espiritualidade, a política, as citações citadinas, a sensualidade e o erotismo, a metapoesia, a Poesia Práxis, personagens e personalidades, as dedicatórias para familiares, amigos e colegas escritores dali e d’além Mar/anhão. E a exclamação visceral: “ – Caxias! / — Caxias! / — Caxias! / — ó Pátria […]” (21). 21 “Caxias recordada”. _________________________________________________________________________________________________________ ------------- ------------- RACIOCÍNIO LÓGICO: DOIS TRÊS, UM QUATRO = ??? Você consegue resolver? Matemática Rio com Prof. Rafael Procopio Problema de Raciocínio Lógico Matemático: Em qual opção há dois três, um quatro? Você consegue resolver esse problema de RLM? Vem com o Procopio Desbugador! https://www.youtube.com/watch?v=trOas39KqA4 _________________________________________________________________________________________________________ ------------
-------------- Estrelas e galáxia espaço sideral céu noite universo preto _________________________________________________________________________________________________________ --------------
---------------- ESPAÇO EM PRETO -------- Brasil: Um retrato em preto e branco ou em branco e preto? Por Marcos Bontempo [Post atualizado em 19/11/2020] Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim tem um nome menor do que o seu tamanho para a música e para a cultura brasileira. É dele a música – composição feita em 1965 – para o que viria a ser “Retrato em Branco e Preto”, de 1968, com letra de Chico Buarque. Naqueles dias, quando ainda não havia TV a cores no Brasil, o encontro da música com a letra teria feito Tom Jobim argumentar com o parceiro: “Ninguém fala branco e preto”, mas sim “retrato em preto e branco”. Chico, em resposta um tanto debochada, reagiu: “Tudo bem, vamos trocar ‘Vou colecionar mais um SONETO / Outro retrato em BRANCO e PRETO’, por ‘Vou colecionar mais um TAMANCO / Outro retrato em PRETO e BRANCO’”... Tom recuou e desde então temos, segundo alguns críticos, uma das mais belas construções da música popular brasileira. Quando, no entanto, o retrato mostra a desigualdade, não há racionalizações ou meias palavras que deem conta de justificar o fato de o Brasil não ser um só, para negros e brancos. É preciso falar, de novo, sobre racismo. Com ou sem hashtag, vidas negras importam. _________________________________________________________________________________________________________ ------------ ------------- Retrato em branco e preto Canção de Antonio Carlos Jobim Retrato Em Branco e Preto Tom Jobim Letra Significado Já conheço os passos dessa estrada Sei que não vai dar em nada Seus segredos sei de cor Já conheço as pedras do caminho E sei também que ali sozinho Eu vou ficar tanto pior E o que é que eu posso contra o encanto Desse amor que eu nego tanto Evito tanto e que, no entanto Volta sempre a enfeitiçar Com seus mesmos tristes, velhos fatos Que num álbum de retratos Eu teimo em colecionar Lá vou eu de novo como um tolo Procurar o desconsolo Que cansei de conhecer Novos dias tristes, noites claras Versos, cartas, minha cara Ainda volto a lhe escrever Pra lhe dizer que isso é pecado Eu trago o peito tão marcado De lembranças do passado e você sabe a razão Vou colecionar mais um soneto Outro retrato em branco e preto A maltratar meu coração Compositores: Antonio Carlos Jobim / Chico Buarque De Hollanda _________________________________________________________________________________________________________