segunda-feira, 27 de junho de 2016

Imbróglio Gleisi Hoffmann

Medo de Assombração no Senado



“investigados não podem se esconder debaixo da saia da mulher com foro privilegiado”.



MEDO DA SOMBRA
Publicado: 25 de junho de 2016 às 00:00 - Atualizado às 03:26



DEFESA DA IMUNIDADE DO "LAR" É FEITA DE OLHO NO PRÓPRIO FUTURO. FOTO: MARCOS OLIVEIRA/SENADO

Políticos de vários partidos temem virar “Gleisi Hoffmann amanhã”, por isso protestam contra o mandado de busca no apartamento da senadora do PT-PR, cujo marido Paulo Bernardo foi preso acusado de roubar tomadores de empréstimos consignados. Eles acham que a imunidade da senadora, garantida por lei, é estendida ao cônjuge investigado por corrupção. Não é. O juiz federal Paulo Bueno Azevedo teve o cuidado de ordenar que nada da senadora fosse apreendido. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Se a moda pega, investigados poderiam esconder provas de suas malfeitorias na casa de deputados e senadores amigos.

Conhecido criminalista lembrou a esta coluna que “investigados não podem se esconder debaixo da saia da mulher com foro privilegiado”.

Enquanto alegam que Paulo Bueno Azevedo é só um juiz federal de 1ª instância, políticos petistas não explicam o roubo investigado.






Moka dá tirada em Gleisi e até ela ri


Publicado em 16 de jun de 2016
Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pede a palavra para informar a demissão de Henrique Alves do Ministério do Turismo e é rebatida pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS) que explica: nesse governo os ministros se demitem, não ficam se escondendo embaixo da saia.
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Caso Gleisi Hoffmann - Senadores comentam a prisão de Paulo Bernardo

Publicado em 24 de jun de 2016
Caso Gleisi Hoffmann. Senadores comentam a prisão de Paulo Bernardo e a repercussão na comissão de impeachment.
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Ana Amélia fala sobre o marido de Gleisi, Paulo Bernardo
Daljoni lima busnello


Publicado em 24 de jun de 2016
Ana Amélia Lemos comenta a prisão do marido de Gleisi Hoffmann,Paulo Bernardo.
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ÁLBUM DE FAMÍLIA



Gleisi Helena Hoffmann nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de 1965, pelas mãos do Dr. Moysés Paciornik. Viveu sua infância e adolescência na Vila Lindóia. Filha de Júlio Hoffmann e Getúlia Adga, Gleisi tem três irmãos: Bertoldo Paulo, Juliano Leônidas e Francis Mari, todos curitibanos.

O nome Gleisi foi escolhido pela mãe, em homenagem à ex-atriz e princesa de Mônaco, Grace Kelly. “Só que quando meu pai foi me registrar, achou que a pronuncia Greici estivesse errada e registrou o nome Gleisi”, conta,

Seu Júlio era representante comercial e, hoje, já aposentado, cuida do sítio que era de seus pais no município de Mafra (SC). Dona Gêge, como é mais conhecida a mãe de Gleisi, é cabeleireira e mantém um pequeno salão em atividade até hoje na Vila Guaíra. “O dinheiro nunca sobrou lá em casa, mas meus pais primaram por nossa Educação”, destaca. Por isso, Gleisi formou-se em Direito. O irmão Bertoldo é engenheiro; Juliano, veterinário; e Francis, administradora de empresas.

Casou-se, pela primeira vez, em 1990, com o jornalista Neilor Toscan. A união durou seis anos, até os dois decidirem seguir caminhos diferentes. Não tiveram filhos. Hoje, Gleisi é casada com o bancário Paulo Bernardo, atual Ministro do Planejamento do Governo Lula. É mãe de João Augusto (6) e Gabriela Sofia (2).

MILITÂNCIA ESTUDANTIL E FORMAÇÃO ACADÊMICA

Gleisi sempre foi uma aluna dedicada. E foi no Movimento Estudantil que iniciou sua militância política. Aluna dos colégios Nossa Senhora da Esperança e Nossa Senhora Medianeira no Ensino Médio (antigo 2º Grau), Gleisi foi uma das reorganizadoras do Grêmio Estudantil, logo no início da redemocratização do Brasil.

“Eu queria mesmo é ser freira. Mas a sede do convento da Congregação do Colégio Nossa Senhora da Esperança, à qual meu colégio pertencia, era em Novo Hamburgo e meu pai não deixou eu ir sozinha para o Rio Grande do Sul. Fui estudar no Medianeira e fui estimulada pelo próprio colégio a pensar politicamente. Entendi que a visão cristã de igualdade e fraternidade poderia se materializar por meio da ação política”, conta.

Depois de formada no 2º. Grau, Gleisi retornou aos bancos escolares secundaristas. Na época, era integrante da Umesc – União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas – e foi organizar o Grêmio Estudantil do Cefet-PR.

“Ao invés de prestar vestibular, fiz concurso para Eletrotécnica no Cefet. Passei, entrei no grêmio e ajudei a organizar o primeiro movimento da escola, que era contra o uso dos jalecos. Nessa época, eu também era dirigente da UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Fiquei um ano e meio fazendo eletrotécnica, mas não era a minha praia”, conta.

Quando seu mandato na direção da UBES terminou, Gleisi decidiu cuidar da sua formação e prestou vestibular para Direito. Formou-se pela Faculdade de Direito de Curitiba em 1989.

Mais tarde, em decorrência de sua dedicação a assuntos técnicos no PT, fez cursos de especialização em Gestão de Organizações Públicas e Finanças Públicas na Associação Brasileira de Orçamento Público (ABOP), na Escola Superior Administração Fazendária (ESAF) e no Fundo Monetário Internacional.

MILITÂNCIA PARTIDÁRIA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Gleisi iniciou sua militância política filiando-se ao PCdoB, ainda na juventude, quando estava no movimento estudantil. Já na faculdade, precisou começar a trabalhar para pagar seus estudos. Primeiro, atuou como Assessora Parlamentar na Assembléia Legislativa do Paraná. Em 1988, quando o atual diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, foi eleito para seu primeiro mandato como vereador de Curitiba, Gleisi foi convidada para assessorá-lo na Câmara Municipal.

“O Samek era do MDB e eu o conhecia bem, pois o PCdoB atuou durante muitos anos de forma clandestina, dentro do MDB. Já no primeiro ano do seu mandato, o Samek ingressou no PT e me convidou para também entrar no partido. Filiei-me ao PT em 1989 e nunca mais deixei o partido”, destaca.

Naquele período, os movimentos de esquerda estavam se firmando no país. O PT nasceu dessa ebulição. “O PT tinha gente que atuou dentro do MDB, do PCdoB, do Partidão, de correntes de esquerda, revolucionários, além do pessoal da AP (Ação Popular), ligada à Igreja Católica. Quando o Lula apresentou a proposta do PT, muita gente foi para o novo partido porque viu no PT um partido diferente da esquerda tradicional, um partido mais adequado à realidade brasileira. O PT, por exemplo, nunca defendeu a luta armada, sempre defendeu a construção democrática do socialismo”, explica Gleisi.

Na Câmara Municipal de Curitiba, Gleisi começou a se especializar em Orçamento Público. “O PT precisava entender sobre o Orçamento de Curitiba para poder estabelecer seus debates políticos a respeito das prioridades de investimentos na cidade. Por isso, comecei a estudar o orçamento”, revela.

Como Assessora Parlamentar na Câmara de Curitiba, além da área orçamentária, Gleisi trabalhou junto aos movimentos populares e associações de bairros e participou ativamente da construção da Lei Orgânica de Curitiba.

No PT, Gleisi foi Secretária Estadual de Mulheres, membro do Diretório Nacional do Partido e é a atual presidente estadual do Partido no Paraná.

Em 1993, Gleisi recebeu um convite para trabalhar em Brasília. Como Assessora Parlamentar no Congresso Nacional, participou da equipe de técnicos da Comissão de Orçamento e também colaborou com a equipe do Instituto de Cidadania, no projeto do governo Paralelo, comandado por Lula.

Em 1999, foi convidada a integrar o governo do Mato Grosso do Sul. No primeiro mandato do governador Zeca do PT, assumiu a Secretaria Extraordinária de Reestruturação Administrativa.

Em 2001, com a eleição do prefeito Nedson Michelete, voltou para o Paraná e assumiu a Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura de Londrina, onde permaneceu por apenas oito meses.

Com a eleição do presidente Lula, em 2002, Gleisi foi convidada para trabalhar na Equipe de Transição do Governo. Atuou junto com os ministros Antônio Palocci e Dilma Roussef no Grupo de Trabalho de Orçamento.

Em 2003, atendendo a convite do presidente Lula e do diretor geral da Itaipu Binacional, Jorge Samek, assumiu a Diretoria Executiva Financeira da empresa. Gleisi foi a primeira mulher a assumir um cargo de direção em 30 anos de atividades da Itaipu.

Depois de mais de três anos de trabalho na Itaipu, deixou o cargo para disputar as eleições ao Senado Federal pelo PT, em 2006. Conquistou o apoio de 2.299.088 eleitores, obtendo 45,14% dos votos.

EXPERIÊNCIA NO EXECUTIVO

Como secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública de Londrina, Gleisi adquiriu boa experiência no Poder Executivo.

No Mato Grosso do Sul, Gleisi coordenou uma ampla reforma administrativa, com redução no número de secretarias e de cargos em comissão, além de organizar o sistema de Previdência dos servidores estaduais.

Em Londrina, iniciou a discussão do Plano de Carreira para os servidores municipais e implantou o Pregão Eletrônico para as compras de governo, o que gerou uma economia de 30% nos gastos da prefeitura. “A passagem pelo município de Londrina foi muito importante para conhecer o processo de gestão de uma prefeitura”, destaca.

O LEGADO PARA ITAIPU

“A melhor experiência profissional da minha vida.” É assim que Gleisi resume sua passagem pela Diretoria Executiva Financeira da Itaipu Binacional. Ela era a responsável por um orçamento anual superior a US$ 3 bilhões, o dobro do orçamento da Prefeitura Municipal de Curitiba, executado em três moedas diferentes: Real, Guarani e Dólar.

Junto com a Diretoria de Planejamento Estratégico da empresa, Gleisi remodelou o sistema financeiro da empresa, com a implantação de um sistema de gestão integrada com o Paraguai (SAP). A reestruturação gerencial foi acompanhada pela modernização dos equipamentos, especialmente os da área de TI.

Além da área Financeira, Gleisi abraçou o setor de Responsabilidade Social da Itaipu Binacional. “Por ser a única mulher na Diretoria, passaram para mim essa atribuição, começando pelo hospital da usina, em Foz do Iguaçu. A orientação da Diretoria era para avaliar os gastos com o hospital. Acabei propondo a ampliação dos serviços e, conseqüentemente, dos investimentos, sendo este trabalho o principal em termos de responsabilidade social”, lembra.

O Hospital Ministro Costa Cavalcanti foi construído pela Itaipu para atender seus trabalhadores durante a construção da barragem. Depois, o hospital passou a atender a comunidade de maneira limitada. Gleisi coordenou um processo de planejamento estratégico para o hospital e que ampliou seu atendimento, levando para lá serviços de alta complexidade e abrindo o hospital cada vez mais para a comunidade.

Hoje, o hospital garante o pronto-atendimento e o atendimento de alta complexidade para toda a região de Foz do Iguaçu, como cirurgia cardíaca e oncologia. Possui 200 leitos para internamento, 120 para usuários do SUS e 80 para particulares e convênios.

A partir do hospital, Gleisi comandou outras transformações na área da Saúde, com reflexos no Paraguai. “Criamos o Grupo de Trabalho ‘Saúde na Fronteira’. Fizemos muitas campanhas de vacinação e combate a doenças, como dengue, pólio e raiva. O impacto disso na fronteira foi muito importante. Hoje, o Governo do Paraguai estuda a implantação de um sistema de atendimento à saúde semelhante ao nosso SUS”, comemora Gleisi.

Outro trabalho importante realizado por Gleisi na Itaipu foi a criação da rede de combate à prostituição infantil. A Itaipu assumiu uma campanha de conscientização na região, com divulgação nas rádios, TVs e jornais, distribuição de folhetos em três idiomas (Português, Guarani e Espanhol), financiamento de peças de teatro para as escolas e criação de um fórum com a participação do Ministério Público e das prefeituras. Desse trabalho nasceu a estruturação de um serviço de apoio às vítimas de abuso sexual e a criação da primeira Delegacia da Criança e do Adolescente em Foz, o Nucria, que atende toda a região.

Gleisi também atuou especificamente na questão da mulher, com foco interno e externo. A ação externa nasceu do movimento de atendimento à vítima de violência. “Percebemos que as mulheres maltratadas não tinham apoio e acolhimento. Onde havia violência contra a mulher, também tinha abuso e violência contra as crianças. Implantamos uma Casa Abrigo para essas mulheres, que é mantida até hoje pela Itaipu”, destaca.

Internamente, Gleisi instituiu na Itaipu uma Política de Igualdade de Gêneros. As mulheres trabalhadoras da binacional ganharam direitos que, mais tarde, foram reivindicados também pelos homens trabalhadores da empresa, como o direito de participarem das festas comemorativas ao Dia das Mães e Dia dos Pais nas escolas dos filhos ou acompanhá-los em consultas médicas no horário do expediente. A partir do trabalho de equidade de gêneros, Itaipu teve a iniciativa de organizar as mulheres do setor elétrico brasileiro, envolvendo a ministra Dilma Roussef.

HOJE

Por sua experiência profissional e administrativa, Gleisi Hoffmann é muito requisitada para fazer palestras e/ou consultoria. Mas sua principal atividade é a Política, por decisão após a eleição do Senado. “Acredito que os milhões de votos que tive em minha primeira eleição apontaram qual deveria ser a minha missão de vida. É por meio da política que devo servir à comunidade e fazer tudo o que posso para ajudar a melhorar o mundo em que vivo”.

Gleisi preside o PT no Paraná e é a pré-candidata do partido à Prefeitura Municipal de Curitiba. Tem estudado assuntos relativos à cidade e se reunido com todos os setores da sociedade, especialmente nos bairros e municípios da Região Metropolitana, para dialogar e debater sobre os problemas e soluções para a Grande Curitiba.



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