sexta-feira, 29 de julho de 2016

XADREZ





"Ajedrez" Jorge Luis Borges


Enviado em 21 de dez de 2007
Este video fue inspirado en el poema: "Ajedrez" de Jorge Luis Borges
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Jorge Luis Borges, Ajedrez, por él mismo



Publicado em 18 de jul de 2013
En su grave rincón, los jugadores
rigen las lentas piezas. El tablero
los demora hasta el alba en su severo
ámbito en que se odian dos colores.

Adentro irradian mágicos rigores
las formas: torre homérica, ligero
caballo, armada reina, rey postrero,
oblicuo alfil y peones agresores.

Cuando los jugadores se hayan ido,
cuando el tiempo los haya consumido,
ciertamente no habrá cesado el rito.

En el Oriente se encendió esta guerra
cuyo anfiteatro es hoy toda la Tierra.
Como el otro, este juego es infinito.

Tenue rey, sesgo alfil, encarnizada
reina, torre directa y peón ladino
sobre lo negro y blanco del camino
buscan y libran su batalla armada.

No saben que la mano señalada
del jugador gobierna su destino,
no saben que un rigor adamantino
sujeta su albedrío y su jornada.

También el jugador es prisionero
(la sentencia es de Omar) de otro tablero
de negras noches y de blancos días.

Dios mueve al jugador, y éste, la pieza.
¿Qué Dios detrás de Dios la trama empieza
de polvo y tiempo y sueño y agonía?
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by Jorge Luis Borges
I
In their solemn corner, the players move
The slow pieces. The board detains them
Until the dawn in its severe world
In which two colors hate each other.

Within the forms irradiate magic
Strictness: Homeric rook, swift
Knight, armed queen, hintermost king,
Oblique bishop and aggressor pawns.

Once the players have finally left,
Once time has devoured them,
Surely the ritual will not have ended.

In the orient this very war flared up
Whose amphitheater today is the earth entire.
Like the other, this game is infinite.
II

Weakling king,  slanting bishop, relentless
Queen, direct rook and cunning pawn
Seek and wage their armed battle
Across the black and white of the field.

They know not that the player’s notorious
Hand governs their destiny,
They know not that a rigor adamantine
Subjects their will and rules their day.

The player also is a prisoner
(The saying  is Omar’s) of another board
Of black nights and of white days.

God moves the player, and he, the piece.
Which god behind God begets the plot
Of dust and time and dream and agonies?
 
Translation: Frank Thomas Smith
Note: In the original Spanish there is a rhyming scheme impossible (for me) to duplicate.

Español


















I

Em seu grave rincão, os jogadores
as peças vão movendo. O tabuleiro
retarda-os até a aurora em seu severo
âmbito, em que se odeiam duas cores.
Dentro irradiam mágicos rigores
as formas: torre homérica, ligeiro
cavalo, armada rainha, rei postreiro,
oblíquo bispo e peões agressores.
Quando esses jogadores tenham ido,
quando o amplo tempo os haja consumido,
por certo não terá cessado o rito.
Foi no Oriente que se armou tal guerra,
cujo anfiteatro é hoje toda a terra.
Como aquele outro, este jogo é infinito.


II

Rei tênue, torto bispo, encarniçada
rainha, torre direta e peão ladino
por sobre o negro e o branco do caminho
buscam e libram a batalha armada.
Desconhecem que a mão assinalada
do jogador governa seu destino,
não sabem que um rigor adamantino
sujeita seu arbítrio e sua jornada.
Também o jogador é prisioneiro
(diz-nos Omar) de um outro tabuleiro
de negras noites e de brancos dias.
Deus move o jogador, e este a peleja.
Que deus por trás de Deus a trama enseja
de poeira e tempo e sonho e agonias?



(Traduções de Renato Suttana)




Este poema de Jorge Luís Borges, com a tradução em português, foi publicado n’A Viagem dos Argonautas, na rubrica A Grande Poesia, em 28 de Janeiro de 2012. Vejam em:
     



Um Café na Internet


Quadro de Vladimir Kush 
__________________________________

Jorge Luis Borges
Xadrez
I
No seu nobre canto, os jogadores
movem as peças lentamente. O tabuleiro
retém-os até à aurora num cativeiro
severo em que se odeiam duas cores.
Dentro irradiam mágicos rigores
As formas: torre homérica, ligeiro
cavalo, rainha armada, rei  derradeiro,,
oblíquo bispo e peões agressores.
Quando os jogadores tiverem partido,
quando o tempo os tenha consumido,
por certo não terá cessado o rito.
Foi no Oriente que começou esta guerra,
cujo anfiteatro é hoje toda a terra.
Tal como o outro, este jogo é infinito.
II
Tenue rei, sesgado bispo, encarniçada
rainha, torre directa e peão ladino
sobre o negro e o branco do caminho
procuram e travam a batalha armada.
Desconhecem que a mão assinalada
do jogador governa seu destino,
ignora que um rigor adamantino
sujeita seu arbítrio e sua jornada.
Também o jogador é prisioneiro
(a frase é de Omar*) num outro tabuleiro
de negras noites e de brancos dias.
Deus move o jogador, e este a peça.
Que Deus por trás de Deus a trama começa
de poeira e tempo e sonho e agonias?

Jorge Luis Borges
Ajedrez
I
En su grave rincón, los jugadores
Rigen las lentas piezas. El tablero
Los demora hasta el alba en su severo
Ámbito en que se odian dos colores.
Adentro irradian mágicos rigores
Las formas: torre homérica, ligero
Caballo, armada reina, rey postrero,
Oblicuo alfil y peones agresores.
Cuando los jugadores se hayan ido
Cuando el tiempo los haya consumido,
Ciertamente no habrá cesado el rito.
En el oriente se encendió esta guerra
Cuyo anfiteatro es hoy toda la tierra,
Como el otro, este juego es infinito.
II
Tenue rey, sesgo alfil, encarnizada
reina, torre directa y peón ladino
sobre lo negro y blanco del camino
buscan y libran su batalla armada.
No saben que la mano señalada
del jugador gobierna su destino,
no saben que un rigor adamantino
sujeta su albedrío y su jornada.
También el jugador es prisionero
(la sentencia es de Omar*) de otro tablero
de negras noches y de blancos días.
Dios mueve al jugador, y éste, la pieza.
¿Qué Dios detrás de Dios la trama empieza
de polvo y tiempo y sueño y agonías
* Omar Khayyam
Jorge  Luis Borges (Buenos aires, 1899-Genebra, 1986), poeta, ficcionista e ensaista argentino, um dos maiores escritores do século XX.






Extraído de texto homônimo publicado em
Anais do Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, vol. 13, 1952.
"Meu bom xadrez, meu querido xadrez..." "Tudo pode ser, contanto que me salvem o xadrez." Machado de Assis. A Semana. 12/1/1896 Vol. 3, pag. 84.
"... diria à bela Miranda que jogasse comigo o xadrez, um jogo delicioso, por Deus!" Machado de Assis. A Semana. 25/2/1894 Vol. 2, pag. 30.
"Enfim, uma era nova parecia surgir para o xadrez nacional, quase moribundo, após os dias brilhantes de Caldas Vianna, Artur Napoleão, Machado de Assis e outros." Eurico Penteado. Xadrez Elementar. São Paulo,
1927.
Na segunda parte transcrevemos as passagens dos escritos de Machado de Assis com referências expressas ao jogo de xadrez. Data, a primeira, de 1864, o que vem corroborar a suposição de que Artur Napoleão tenha sido o professor do romancista, e a última, de 1896. Colhemos os dados em todas as suas obras, inclusive nos volumes publicados ultimamente por R. Magalhães Júnior, e numa parte da correspondência publicada. Ainda que não se possa chamar de abundante o material colhido, nota-se, contudo, um apreciável halo de simpatia pelo jogo e seus praticantes.













XADREZ VERBAL VÍDEO – MACHADO DE ASSIS – 175 ANOS

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