segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Há muitas noites na noite

Poema Sujo


Ferreira Gullar



Há muitas noites na noite - Poema Sujo Ferreira Gullar

Enviado em 21 de dez de 2010
Videoinstação "Há muitas noites na noite", sobre o Poema Sujo (Ferreira Gullar).
Direção: Silvio Tendler
Participações: Ferreira Gullar, Maria Bethânia, Zeca Baleiro, Pedro Luis, Edu Lobo, Fagner, Alcione, Amir Haddad, Sérgio Britto, Helena Ranaldi, Giulia Gam, Nathalia Timberg, Paulo Betti, Elisa Lucinda, Letícia Sabatella, Camila Pitanga, Osmar Prado, Cecil Thiré, Cecília Boal, Zilito Viana, Vera de Paula, Antônio Carlos Secchin, Eric Nepomuceno...

Produção Ana Rosa Tendler
Edição Katherine Chediak e Itauana Coquet
Direção de Fotografia André Carvalheira e Tiago Rios
Assistente de Direção Juliana Serfaty
Categoria
Entretenimento
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Ferreira Gullar lê "Poema Sujo"


Enviado em 6 de out de 2010
Primeiros minutos de vídeo do Instituto Moreira Salles com o poeta maranhense Ferreira Gullar declamando o "Poema Sujo". A gravação aconteceu em outubro de 2005.
Categoria
Entretenimento
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Lembrando Ferreira Gullar e o incêndio do prédio da UNE em 1964
Posted on dezembro 5, 2016 by Tribuna da Internet



Oduvaldo Vianna Filho e Gullar, nos tempos da UNE



Antonio Santos Aquino
No dia 31 de março de 1964, o almirante Cândido Aragão, comandante do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), mandou uma escolta para proteger a UNE na praia do Flamengo e já havia uma escolta na Faculdade do Largo do São Francisco. Eu estava na Praça da Bandeira às 15 horas, esperando condução mandada pelo CFN com um gráfico de nome Netuno. Nenhum sindicalista apareceu. Chega a caminhonete e fomos com três fuzileiros a paisana para o Largo de São Francisco. Não tinha quase ninguém na rua. A greve geral desestabilizou tudo.
Ao chegarmos, fui apresentado por Alcântara a dois jovens que registravam os voluntários que chegavam, dizendo-lhes que eu seria o responsável pela organização. Dentro de pouco tempo Alcântara vem dizer-me que fora mudado o oficial de dia no CFN e que recebera ordem para regressar. Eu disse que não regressaria e os três fuzileiros que estavam comigo também disseram que não iam regressar. Como defender a faculdade? Onde estavam as armas?
JANGO RENUNCIA – Nesse momento um estudante vem dizer que o deputado Bocaiuva Cunha telefonara dizendo para fecharmos a faculdade e que fossemos para UNE, pois o Presidente Goulart renunciara. Sai um garoto e uma garota com a única arma que tinham: uma metralhadora Hoticks ponto 30.
Fomos para UNE (não todos). Ao dobrarmos o Hotel Glória, vimos o fumaceiro: a UNE tinha sido incendiada. Quem eu vi quando chegamos do outro lado da rua que era estreita (a aterro ainda não estava terminado)? Ferreira Gullar. Lembro de sua aflição. Nada podíamos fazer. Chuviscava, e antes de sermos identificados, saímos em direção à Cinelândia. Uma coisa é verdade: não foi o Exército que incendiou a UNE. Foi a Polícia do governo Lacerda. Quando a UNE foi incendiada os fuzileiros já tinham regressado.
Em 1968 vi pela TV a cena de Ferreira Gullar ser preso na esquina da Rua Treze de Maio com Avenida Almirante Barroso pelo famigerado capitão Guimarães, depois expulso do Exército, tornando-se o chefão do Jogo dos Bichos. Gullar foi uma personalidade exemplar.



http://www.carlosnewton.com.br/lembrando-ferreira-gullar-e-o-incendio-do-predio-da-une-em-1964/#comment-399932

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