domingo, 2 de julho de 2017

Ruídos de “Juridiquês” entre Doutor “Adevogado” e “Disprovido” Cliente

Complicar não é preciso

Uma carta ao "Dotô Adevogado"
Descomplicar é preciso.
Publicado por Eloy Banzi – Advocacia


Caro Dotô.

Lhe iscrevo purque tive arguma vergonha de fala pessoarmente, mas arguma coisa sucede e priciso disabafá.

Dispois que falei meu causo, o sinhô disse que pricisava entrar com uma tar de ação. Pircebi que o sinhô intendia bem do que tava falando, purque sempre falô umas coisas bunita e difícil. Mas ai que tá, dotô. Fiquei tão basbacado com as palavra difíciu, que saí só sorriso do iscritório, mas quando cheguei em casa, pircibi que que saí rindo, mas num intendi nada de nada.

A muié me pregunto como que foi com o Dotô, eu disse que foi tudo bem, que o dotô é muito bão e ia resorvê nossa pendenga. Mas aquilo fico dentro de mim, num intendi e resorvi lhe pregunta.

Te liguei quele dia, lembra? Pidindo umas expricação. O sinhô falô bunito dinovo, otra veiz fiquei bobo, mas o pobrema, Dotô... É que num intendi nada traveis. O sinhô falô que pricisava fazê um tal de piticionamento, que ia despacha arguma coisa. Fiquei té preocupado, num sabia que o dotô mexia com essas coisa de despacho não.

Então dotô, assim foi toda veiz que a gente se falava, o sinhô expricava e eu num intendia nadica. Pensei em ir ai traveis, mas imaginei que ia contecê dinovo. Ai eu resorvi te manda essa carta, purque anssim o sinhô pode se prepara mió pra lidá com eu.


Discurpa a dificurdade dotô, mas vô gradece muito se o sinhô pudesse expricá mais simpres pra nóis. Sei que o sinhô sabe fala bunito por dimais, mas comigo num carece disso não... Priciso msm só sabê pra que serve essa tar de ação.

Disponível em:
https://ebanzi.jusbrasil.com.br/artigos/473535759/uma-carta-ao-doto-adevogado?utm_campaign=newsletter-daily_20170701_5545&utm_medium=email&utm_source=newsletter
Acesso em:
02/07/2017

A LINGUAGEM JURÍDICA E A COMUNICAÇÃO ENTRE O ADVOGADO E SEU CLIENTE NA ATUALIDADE¹
Suzana Minuzzi Reolon

RESUMO

O presente trabalho foi idealizado em função de sua extrema relevância para qualquer pessoa que pretenda ingressar no mundo jurídico. São apresentadas questões básicas a respeito da linguagem jurídica e de como se dá a comunicação no meio jurídico, especialmente a realizada entre o advogado e seu cliente na atualidade. Como é a partir desse primeiro contato entre o advogado e seu cliente que nasce uma pretensão a uma atividade jurisdicional, é importante que seja estabelecido entre eles uma compreensão de parte a parte. E o principal instrumento para que essa comunicação seja concretizada de uma forma eficaz, pode-se dizer que depende da habilidade do advogado em fazer uso de sua principal ferramenta que é a palavra. Para isso, foram abordadas de uma forma geral, questões relativas à linguagem e à comunicação, tendo em vista uma abordagem mais específica relativa ao processo de comunicação entre o advogado e seu cliente.

Palavras-chave: Linguagem Jurídica. Comunicação Jurídica. Entrevista com o Cliente. “Juridiquês”.

1 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Aprovação, com grau máximo, pela banca examinadora composta pelo orientador Prof. Moacir Costa de Araújo Lima, Prof. João Carlos Krahe e Prof. Álvaro Vinícius Paranhos Severo, em 17 de novembro de 2010.

‘1 INTRODUÇÃO

O Direito é a ciência social que está presente no cotidiano da vida das pessoas, mesmo que elas não percebam: seja na hora do nascimento de uma vida humana, seja quando faz uma compra numa loja, seja quando paga seus impostos, seja quando ocorre um acidente de trânsito, seja quando há uma briga entre vizinhos, seja na hora da morte de um ente querido, apenas para exemplificar. Dependendo do acontecimento, este será “encaixado” em algum ou alguns dos ramos do Direito.

O Direito, por ser uma ciência interdisciplinar que se comunica principalmente com a filosofia, a sociologia, a política, a ética, a linguagem dentre outras, torna-se um elemento de evolução da própria história de um país. Daí a importância do conhecimento e de toda uma postura dos operadores do direito, como protagonistas deste processo de evolução.

O principal instrumento que o advogado vai usar para se comunicar é a linguagem, sua única “arma” para que possa concretizar seu conhecimento e interagir com seus clientes e também com os demais operadores do Direito. A linguagem utilizada pelo advogado, por ser muito técnica, pode dificultar a comunicação entre o advogado e seu cliente, pois o cliente, nem sempre, ou na maior parte das vezes, tem qualquer conhecimento jurídico (e nem deve ter, por isso contrata um advogado). O advogado, por sua vez, pode não perceber que a comunicação está falhando ou mesmo não está acontecendo. Este trabalho não tem a pretensão de esgotar o assunto, mas pretende fazer uma análise de alguns principais pontos para que a comunicação seja um pouco mais efetiva entre os operadores do direito, especialmente entre o advogado e seu cliente, ponto de partida da maior parte das lides.

Não se pode perder de vista que o cliente de um advogado pode ser uma pessoa natural, com o mais variado grau de instrução e de entendimento a respeito do mundo, como também uma pessoa jurídica, também com uma variedade infinita de características próprias, de acordo com a área de atuação no mercado. Claro que, mesmo sendo uma pessoa jurídica, será representada também por uma 3 pessoa natural, que trará toda uma bagagem de conhecimento bastante diversificada. Mais uma vez, o papel do advogado torna-se complexo justamente por essa necessidade de interação com um público que pode variar bastante em seu aspecto social, cultural, econômico e político.

Desta forma, os operadores do Direito, desde o início da sua formação, devem dar uma atenção especial ao estudo da nossa Língua Portuguesa, para que haja uma contribuição efetiva no sentido de que o Direito seja um pouco mais acessível a todos. Os estudantes de Direito, unidos com suas entidades formadoras tem essa responsabilidade, uma vez que faz parte do papel desses profissionais, como transformadores da sociedade, se fazerem entender por todos.

Este trabalho foi dividido em três partes para facilitar a abordagem do assunto. A primeira delas vai falar sobre a linguagem jurídica, focando especialmente o Português Jurídico, mostrando alguns conceitos importantes a respeito de linguagem e suas peculiaridades no contexto do Direito. Outro ponto interessante é o uso do vocabulário jurídico em que o uso excessivo de determinados termos técnicos acabam levando o profissional do Direito ao não entendimento pelo seu público - é o tão conhecido “juridiquês”. Logo em seguida, é feita uma abordagem a respeito dos níveis de linguagem. O último assunto desta parte é sobre a função da linguagem jurídica para os operadores do Direito, completando, dessa forma, o que pode ser entendido como algumas noções básicas sobre linguagem jurídica.

Na segunda parte, passa-se ao estudo de alguns pontos sobre comunicação que mostrarão a importância do tema no mundo jurídico. O significado da semiótica e os elementos da comunicação serão apresentados sob uma visão mais ampla num primeiro momento para em seguida mostrar como se dá o processo da comunicação l na ótica dos operadores do Direito.

Na segunda parte, passa-se ao estudo de alguns pontos sobre comunicação que mostrarão a importância do tema no mundo jurídico. O significado da semiótica e os elementos da comunicação serão apresentados sob uma visão mais ampla num primeiro momento para em seguida mostrar como se dá o processo da comunicação l na ótica dos operadores do Direito.

Por último, e não menos importante, está a parte lúdica, digamos assim, do trabalho, pois são colocados alguns exemplos do que é encontrado no mundo jurídico atual, onde ficam evidentes as dificuldades no uso da linguagem. São alguns exemplos práticos do que deve (ou não deve) fazer um operador do direito’

Disponível em:
http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2010_2/suzana_reolon.pdf
Acesso em:
02/07/2017

Referências

Disponível em:
https://ebanzi.jusbrasil.com.br/artigos/473535759/uma-carta-ao-doto-adevogado?utm_campaign=newsletter-daily_20170701_5545&utm_medium=email&utm_source=newsletter
Acesso em:
02/07/2017

Disponível em:
http://www3.pucrs.br/pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2010_2/suzana_reolon.pdf
Acesso em:
02/07/2017


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