sábado, 10 de dezembro de 2016

“Meu Chefe” M. C.

Colaborações de “Subordinados de M. C.”


Edição do dia 09/12/2016
09/12/2016 21h29 - Atualizado em 09/12/2016 21h29
Delatores da Odebrecht citam caixa 2 nas campanhas de Alckmin
Ex-diretor diz que campanha de José Serra também recebeu dinheiro ilegal.
PSDB reitera confiança em Alckmin e Serra; ambos negam as acusações.

Assista vídeo da reportagem :


http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2016/12/09.html#!v/5504322


Leia a repotagem:

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, é citado em depoimentos de diretores e ex-diretores da Odebrecht que assinaram um acordo de delação premiada.

De acordo os delatores, Alckmin recebeu dinheiro ilegal para suas duas últimas campanhas ao governo do estado.
A reportagem publicada pela “Folha de S.Paulo” diz que Geraldo Alckmin, do PSDB, recebeu dinheiro vivo para caixa 2 das campanhas a governador em 2010 e 2014.
A TV Globo confirmou o que foi publicado pelo jornal.

Os executivos da empreiteira mencionam duas pessoas próximas ao governador Geraldo Alckmin como intermediárias dos repasses.
Segundo os delatores, foram repassados R$ 2 milhões em espécie ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin, cunhado do governador. A entrega do recurso teria ocorrido no escritório de Ribeiro, em São Paulo.
Em 2010, o tucano venceu a eleição em primeiro turno. Na eleição seguinte, em 2014, segundo os depoimentos, o caixa 2 para a campanha de reeleição de Alckmin teve como um dos operadores o atual secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro, político de confiança do governador.
A “Folha” e a TV Globo não conseguiram apurar o valor do suposto repasse em 2014.

Entre os delatores, estão o ex-diretor Carlos Armando Paschoal, conhecido como Cap, que disse ter pago ilegalmente R$ 23 milhões em 2010 para a campanha presidencial de José Serra, também do PSDB, hoje ministro das Relações Exteriores.
A “Folha” já havia publicado em agosto uma reportagem que dizia que os executivos da Odebrecht revelaram que parte do dinheiro foi entregue no Brasil e parte paga por meio de depósitos bancários realizados em contas no exterior.
A Odebrecht afirmou que, para comprovar que houve o pagamento por meio de caixa 2, vai apresentar extratos bancários de depósitos realizados fora do país que tinham como destinatária final a campanha presidencial do então candidato, José Serra.

Segundo a reportagem, o codinome de Geraldo Alckmin nas listas de propina e caixa 2 da empreiteira era Santo.

O apelido aparecia associado nas planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal à duplicação da rodovia Mogi-Dutra, uma obra do governo Alckmin de 2002. A palavra “apóstolo”, escrita originalmente na página, foi rasurada e trocada por “santo”.

O mesmo codinome é citado em e-mail de 2004, enviado por Márcio Pelegrino, executivo da Odebrecht que gerenciou a construção da linha amarela do metrô da capital paulista.
Na mensagem, Pelegrino diz que era preciso fazer um repasse de R$ 500 mil “com vistas aos interesses locais” da empreiteira.

Segundo a “Folha”, o executivo afirma que o beneficiário do suposto suborno era o “Santo”.
As delações dos 77 funcionários da Odebrecht começaram esta semana e a expectativa dos investigadores é que tudo termine até o fim de 2016. O depoimento mais aguardado é o do ex-presidente do grupo Marcelo Odebrecht, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde junho de 2015. Para terem validade, os acordos de delação premiada ainda precisarão ser homologados pelo ministro, Teori Zavaski, relator da Lava Jato no STF.
A assessoria do governador Geraldo Alckmin disse que qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas é prematura. Disse ainda que apenas os tesoureiros das campanhas tinham autorização para arrecadar fundos e sempre de acordo com a legislação. A assessoria disse também que o apelido "Santo" aparece em outros documentos apreendidos pela Lava Jato, referentes aos anos 2000 e 2004, sem qualquer relação com o governador Alckmin.

Perguntado sobre a denúncia, o secretário de Planejamento, Marcos Monteiro, disse apenas que é tesoureiro do diretório estadual do PSDB em São Paulo há dois anos. E que presta contas à Justiça Eleitoral com regularidade.

O JN não conseguiu contato com Adhemar Ribeiro, cunhado do governador.

O ministro José Serra disse que suas campanhas sempre foram conduzidas de acordo com a legislação e com as finanças sob responsabilidade do partido. Ele disse também que não cometeu qualquer irregularidade e que espera que tudo seja esclarecido pelas autoridades competentes.

O PSDB declarou que não comenta supostas delações não homologadas e que reitera sua confiança nas condutas do governador Alckmin e do ministro Serra.


http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/12/delatores-da-odebrecht-citam-caixa-2-nas-campanhas-de-alckmin.html


Edição do dia 09/12/2016
09/12/2016 21h22 - Atualizado em 09/12/2016 21h33
MPF denuncia Lula, o filho dele e mais dois na Operação Zelotes
Denúncia é resultado de investigações sobre a compra dos caças suecos Gripen para a FAB e sobre medida provisória que beneficiou montadoras.


Assista vide da reportagem:


http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2016/12/09.html#!v/5504328




Leia a reportagem:


Ministério Público Federal denunciou à Justiça o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o filho dele, Luis Cláudio Lula da Silva, e dois empresários por crimes investigados na Operação Zelotes.
A denúncia é resultado de investigações sobre a compra dos caças suecos Gripen para a FAB e sobre a aprovação de uma medida provisória que beneficiou montadoras.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi denunciado por tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Também foram denunciados o filho dele, Luís Cláudio Lula da Silva, e os empresários Mauro Marcondes e Cristina Mautoni.
Os procuradores afirmam que os crimes foram praticados entre 2013 e 2015, quando Lula não era mais presidente da República, e que ele usou sua influência para enriquecer a si e a familiares.
Procuradores afirmam que Lula integrou um esquema que vendia a promessa de que ele poderia interferir junto ao governo da então presidente Dilma Rousseff para beneficiar as empresas MMC, grupo Caoa e Saab, clientes da empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia LTDA, a M&M.
Em troca, Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, donos da M&M, repassaram, segundo a denúncia, mais de R$ 2,5 milhões ao filho de Lula através de um contrato de assessoria. Esse valor, de acordo com o Ministério Público, só não foi maior porque a Operação Zelotes foi deflagrada.
Segundo a investigação, Luís Cláudio copiou da internet os relatórios entregues à empresa M&M.
A denúncia afirma que "Lula recebeu dinheiro por intermédio do filho, tornando-o um milionário num intervalo de apenas nove meses. Uma evolução patrimonial de 770% sem explicação lícita".
O relatório destaca que durante as investigações não foram encontrados indícios de que Dilma Rousseff soubesse do esquema criminoso.
A Justiça Federal em Brasília ainda terá que decidir se abre a ação penal contra Lula e o filho dele na Operação Zelotes. O caso está com o juiz Vallisney Oliveira.
Lula já é alvo de três ações penais, uma denúncia e quatro inquéritos, em procedimentos no Supremo Tribunal Federal, na Justiça Federal em Brasília e no Paraná.
A defesa do ex-presidente Lula afirmou que ainda não teve acesso à denúncia. A defesa afirmou, ainda, que nem o ex-presidente, nem o filho dele, participaram ou tiveram conhecimento de qualquer ato relacionado à compra dos aviões Gripen. E que Luis Claudio recebeu da Marcondes e Mautoni remunerações por trabalhos efetivamente realizados.
Instituto Lula afirmou que a ação é mentirosa e ofensiva ao ex-presidente, à família dele e às empresas citadas, que não aponta nenhuma conduta criminosa do ex-presidente ou de qualquer autoridade citada e não diz como teria sido a suposta influência na tramitação de medidas provisórias.
A defesa de Cristina Mautoni e de Mauro Marcondes declarou que o interesse do Ministério Público Federal é atingir o ex-presidente Lula. E que não há nada que diga que a compra das aeronaves tenha sido feita por meio de irregularidades.
O Jornal Nacional não conseguiu contato com a Saab e não teve o retorno da Caoa. Já a MMC não vai se manifestar.


http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/12/mpf-denuncia-lula-filho-dele-e-mais-dois-na-operacao-zelotes.html


Edição do dia 09/12/2016
09/12/2016 22h14 - Atualizado em 09/12/2016 23h04
Temer pediu contribuições a Marcelo Odebrecht, diz ex-diretor em delação
Cláudio Melo Filho citou nomes do PMDB em esquema de caixa 2.
Palácio do Planalto declarou que fatos denunciados jamais ocorreram.


Assista vídeo da reportagem:


http://g1.globo.com/jornal-nacional/edicoes/2016/12/09.html#!v/5504391


Leia a reportagem:


O Jornal Nacional fala sobre a delação de outro executivo da Odebrecht, Claudio Melo Filho, que relatou doações oficiais e de caixa 2 feitas a políticos com o intuito de conseguir vantagens para a construtora. O delator da Odebrecht cita vários nomes do PMDB, incluindo o atual presidente Temer, o ministro Eliseu Padilha, o secretário Moreira Franco, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e os senadores Eunício Oliveira e Romero Jucá, entre outros.
Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, detalhou aos investigadores como repassava propina ao PMDB, no Senado e na Câmara, e quais as contrapartidas que recebia. Ele afirma que seu principal interlocutor no Senado era Romero Jucá, hoje líder do governo no Congresso. E que Jucá era o principal responsável pela arrecadação de recursos financeiros dentro do PMDB no Senado e a distribuição para as campanhas eleitorais.
Cláudio afirmou que os fatos narrados por ele na delação estavam fundamentados numa certeza: todo o apoio à Odebrecht dado por Jucá teria nos momentos de campanha uma conta a ser paga.
O delator disse: “A insinuações não deixavam dúvidas de que no momento certo ele seria demandado pelo parlamentar e que a maior parte das demandas ocorria em períodos eleitorais”.

O ex-diretor afirmou que estava entendido que os apoios aos pleitos da empresa seriam posteriormente equacionados no valor estabelecido para contribuição a pretexto de campanha eleitoral, fosse ela realizada de forma oficial ou via caixa 2.

Cláudio conta que solicitava aprovação das contribuições ao senador Romero Jucá e a Marcelo Odebrecht. Essas contribuições eleitorais eram definidas, medidas e decididas de acordo com a relevância dos assuntos de interesse da Odebrecht que tinham sido defendidos pelo parlamentar.
Cláudio disse que ao conversar com Jucá tinha certeza que estava falando também com Renan Calheiros, atual presidente do Senado, e com o senador Eunício Oliveira, todos do PMDB.

Cláudio afirmou que ao longo dos anos participou de pagamentos a Romero Jucá que hoje superam os R$ 22 milhões e que teve conhecimento que esses valores eram centralizados em Jucá e posteriormente redistribuídos em seu grupo do PMDB.O ex-diretor listou algumas das medidas defendidas por Jucá no Senado que interessavam à Odebrecht. Elas se referem entre outros a regimes tributários, regulação de concorrência, dívidas com o governo e o regime especial para a indústria petroquímica.

Cláudio Filho também contou como funcionava o repasse para o PMDB na Câmara, liderado por três nomes: o atual presidente Michel Temer, Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil, e Moreira Franco, também com cargo no Palácio do Planalto.
Segundo o ex-diretor, as arrecadações financeiras eram feitas principalmente por Eliseu Padilha e em menor escala por Moreira Franco.

Cláudio afirmou que Michel Temer “atuava de forma muito mais indireta, não sendo seu papel pedir contribuições financeiras para o partido, embora isso tenha ocorrido de maneira relevante no ano de 2014”.

Mas Cláudio disse que ao menos vez Michel Temer pediu pessoalmente contribuições. Foi no jantar, possivelmente em maio de 2014, e que nesse jantar Michel Temer solicitou “direta e pessoalmente a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas de 2014”.

Nesse jantar, sempre segundo Cláudio, Marcelo Odebrecht definiu que seria feito o pagamento no valor de US$ 10 milhões. Deste valor, Cláudio Filho disse que US$ 6 milhões foram para a campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo e US$ 4 milhões ficaram de ser alocados por Eliseu Padilha.
Cláudio disse que parte desse dinheiro foi entregue no escritório de José Yunes, que hoje é assessor especial da Presidência da República, o que deixa a entender que o repasse foi em dinheiro vivo.
O documento não se limita a esses políticos. Fala ainda em Renan Calheiros, citado com o codinome Justiça, a quem Cláudio destinou R$ 500 mil da Odebrecht. Estão citados também entre outros Jaques Wagner, Antônio Palocci, Ciro Nogueira, Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Maia, Lúcio Vieira Lima, Gim Argello, José Agripino Maia, Marco Maia, Arthur Maia e Kátia Abreu.

Segundo Cláudio, todos esses nomes ajudaram os relacionamentos da empresa com o governo e com o Congresso, feitas as doações legais ou em caixa 2, sempre com o mesmo objetivo: obter algum tipo de vantagem para a Odebrecht.
O depoimento ao qual o Jornal Nacional teve acesso poucos minutos antes desta edição tem 82 páginas. Os políticos citados sempre negaram que as doações fossem ilegais ou em troca de algum favor.
As respostas
O Palácio do Planalto declarou que esses fatos denunciados jamais ocorreram e que toda doação da Odebrecht foi feita por transferência bancária e declarada ao TSE. A Presidência afirmou que repudia veementemente o que chamou de falsas informações do delator.

O ministro Moreira Franco disse que a informação é mentirosa, e que jamais falou sobre política ou recursos para o PMDB com Cláudio Melo Filho.

O senador Romero Jucá, do PMDB, declarou que desconhece o conteúdo da delação de Cláudio Melo Filho. Ele negou que recebesse recursos para o partido e disse que está à disposição da Justiça.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB, disse que jamais autorizou ou consentiu que terceiros falassem em seu nome em qualquer circunstância. Ele disse ainda que não há chance de serem encontradas irregularidades em suas contas pessoais ou eleitorais; que elas já são investigadas há nove anos sem que nenhuma prova fosse encontrada contra ele.

O senador Eunício Oliveira, também do PMDB, afirmou que todos os recursos de suas campanhas foram recebidos, declarados e aprovados pela Justiça Eleitoral. Ele disse ainda que nunca autorizou ninguém a negociar em seu nome recursos para favorecer empresas públicas ou privadas.

O ministro Eliseu Padilha não quis se manifestar.

A Odebrecht declarou que não se manifesta sobre negociação com a Justiça, e repetiu que reforça o seu compromisso com uma atuação ética, íntegra e transparente.


http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2016/12/nomes-do-pmdb-tambem-sao-citados-em-esquema-de-caixa-2.html


'Meu chefe separa os subordinados entre os amigos e os crachás'



Uma ouvinte escreve: "Meu chefe separa os subordinados em dois grupos: o dos amigos e o dos crachás. Com os amigos, ele conversa, pede sugestões e os envolve nas decisões. Com o grupo dos crachás, no qual estou incluída, ele precisa ler os nomes em nossos crachás para se lembrar de quem somos. Considero esse tipo de tratamento como preconceituoso e pergunto se existe algo que possa ser feito para mudar a situação?"

Acredito que seu chefe não ofenda e nem humilhe esse segundo grupo, caso contrário, você teria mencionado isso com todas as letras. Então, primeiro, vamos tentar definir o que sejam "amigos".

Se o tratamento diferenciado a que você se refere não se estende à vida pessoal, ou seja, se o seu chefe não convida o grupo para ir à casa dele nos fins de semana e nem sai para jantar com eles, a definição de "amigo" não é acurada.

A relação de proximidade que você mencionou estaria baseada muito mais na confiança do que na amizade. E isso não é anormal. Todos nós, chefes ou não, temos mais interação com colegas que compartilham de nossos valores e opiniões e isso não é considerado como preconceito contra os demais colegas.

No caso de um chefe, é a mesma coisa, só que em nível profissional. Ele trata a todos com educação, mas confia mais em uns do que em outros.

Eu sugiro, respeitosamente, que você avalie o que o grupo privilegiado vem fazendo para merecer mais atenção e o que você precisaria fazer para se inserir nele.

Max Gehringer, para CBN.


Transcrição do comentário do Max Gehringer para a rádio CBN, do dia 25/11/2016, com uma ouvinte cujo chefe é mais próximo a um grupo de empregados do que a outro.

Áudio original disponível no site da CBN.



http://estou-sem.blogspot.com.br/

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